terça-feira, 24 de março de 2009

PR. OSIEL & ADERIAN: AMIGOS PRA SE GUARDAR...


Queridos leitores e amigos, a paz do Senhor...

Hoje pela manhã, ao concluir os preparativos teóricos para Estudos Bíblicos que vou ministrar em duas cidades do interior do Maranhão na Semana Santa (11 e 12 de abril), respectivamente Presidente Dutra e São Raimundo do Doca Bezerra, minha mente voltou ao passado e não pude deixar de pensar num amigo que fez a diferença em minha vida. Quem é ele? O Pr. Osiel Gomes da Silva, co-pastor da Assembléia de Deus de Coroatá - MA, e sua esposa, Aderian.

Nos conhecemos desde a década de 90, meados, para ser mais exato...Temos um "tronco" comum, que são nossas esposas, Aderiam (dele) e Siêne (minha), ambas naturais de Barra do Corda, Ma.

Quando começamos a interagir, ele estava em Açailândia (MA), auxiliando o nobre pastor Antonio Amarante Chaves, como evangelista. Como eu também residia em Açailândia, estávamos, vez por outra, sempre conversando. Ele, um entusiasta em relação aos estudos teológicos. Eu, coordenando na época a FAETEL, em Açailândia.

Em 1997, por um acordo ministerial, a CEADEMA (Convenção Estadual das Assembléias de Deus no Estado do Maranhão), com o aval da Igreja de Açailândia, repassou todos os templos que possuia em Açailândia ao Ministério da CIADSETA (Convenção Interestadual das Assembléias de Deus do SETA: Serviço de Evangelização dos Rios Tocantins e Araguaia). Com isso, o Pr. Amarante filiou-se (por pouco tempo) ao SETA e foi pastorear uma igreja em São Pedro da Água Branca (MA) e o Pr Osiel recebeu um convite de seu pai, Pr. Raimundo BENÉ da Silva, que estava saindo de Lago da Pedra para pastorear a AD de Coroatá, para auxiliá-lo como co-pastor naquele trabalho, fato que ele prontamente aceitou.

Por um mover de Deus, eu também, no final do ano, saí de Açailândia e fui residir em Barra do Corda, fato que nos aproximou mais ainda, tendo em vista que ele já me conhecia e sabia do nosso gosto comum pelos estudos teológicos.

Em março de 1998 recebi um telefonema dele perguntando o que eu estava fazendo em Barra do Corda. Em junho de 1998 recebi sua visita em minha residência e já iniciamos ali um projeto que foi um marco em nossas vidas. Começei, então, a trabalhar como "Promotor Cultural" de cursos teológicos de uma instituição que ele pegara a representação recente para a nossa região. Deus nos abençoou e abrimos uma grande turma em Barra do Corda.

Mas depois, surgiu a necessidade de caminharmos mais à frente, com ações mais pragmáticas... E eu começei a ministrar aulas nos núcleos que abríamos dos cursos teológicos.

Em 1999, tendo em vista o crescimento do projeto, houve a necessidade que eu fosse residir em Coroatá, mas por um contratempo pessoal não pude, fato que me deixou afastado um mês do projeto, indo residir em outra cidade, Buriti Cupú. Com 30 dias ele me ligou já com uma proposta diferenciada e abracei a causa, mudando-me imediatamente para Coroatá. Nessa época, já havíamos criado o ITEFIB e já lançamos o projeto da FAEME (http://www.faeme.com.br/), que viria a ser uma benção em nossas vidas.

A FAEME foi fundada. Muito trabalho, dificuldades... não sabíamos de nada, éramos imaturos, mas tínhamos força de vontade... queríamos acertar. E Deus nos abençoou de maneira especial. Foram anos de aprendizado constante ao seu lado, de troca de experiências, de dedicação ao trabalho na faculdade. Crescemos bastante, graças a Deus.

Em 2002, o MEC liberou as portarias credenciando a faculdade e autorizando o curso de Filosofia, o 2º no Maranhão (só a UFMA tinha filosofia naquele contexto). Em 2006 o curso foi reconhecido com conceito A, uma ótima nota para uma Instituição no interior do Maranhão, num segmento em que os administradores não tiveram assessoria especializada para trabalhar. Faziam tudo com amor e comprometimento com a educação.

Em dezembro de 2007, entendi que era hora de parar, que o meu "ministério" tinha chegado ao fim naquele projeto, mas que a continuidade era uma realidade. Ouve, ao longo do projeto todo, erros e acertos (de minha parte). Ele, na maioria das vezes, não agiu como patrão, mas como um irmão, alguém que realmente se importava comigo e que, por inúmeras vezes, relevou meus erros cometidos na administração do projeto e sempre foi um ombro amigo, em todas as circunstâncias dos anos que ali passei.

Mesmo assim, ele e a Aderian não queriam que eu saisse. Me amavam muito, como me amam até hoje.

Em todos esses anos, a amizade foi o âmago de nosso relacionamento, que era familiar. Eu me considerava da família e era tratado assim.

O que aprendi nesses anos trabalhando ao lado dele não tem preço.

Ele é perfeito? Não, e nem poderia sê-lo: é humano. Eu fui perfeito? Não, e nem poderia, pois também sou humano. Mas, admito que o sentimento que nos uniu e nos une até hoje é o amor de Deus, que se derramou sobre nossas vidas de maneira abundante, em todos os setores, fazendo perdurar, independentemente de quaisquer situações, a palavra que melhor pode representar o nosso convívio: amizade sincera.

Ele me possibilitou comprar meu primeiro carro. Depois vieram o 2º, o 3º, o 4º etc. Todos enquanto trabalhava com eles. Em maio de 2000, a Aderian esteve comigo e com minha cunhada Sirlane num quarto de hospital: era o nascimento da minha caçula, a Déllis Karine. Lembro-me que na hora da cirurgia, nós três dobramos os joelhos e oramos pelo parto da minha esposa, que seria de risco. Era uma cirurgia, a barriga era imensa e já havia um receio: parecia que já havia passado do momento de nascer.

Mas Deus nos agraciou e nos ajudou e o parto transcorreu em paz. Em todos os momentos importantes de minha vida eles sempre estiveram ao meu lado: os dois, sempre que podiam. Quando não, ou um ou o outro.

Por tudo isso sou grato a Deus pela vida dele, Pr Osiel e da Aderian, e de suas duas pérolas, a Dayna e a Delva, filhas queridas com as quais Deus os agraciou.

Hoje, depois de 01 ano e 04 mêses ausentes da faculdade, entendo perfeitamente o que ocorreu: Deus tinha um propósito em minha vida e esperou até que chegasse o momento de tornar esse propósito realidade. Quando chegou o momento do propósito dEle se cumprir, ele fez acontecer o que era necessário, para que minha chamada para o ministério no qual estou envolvido se tornasse realidade.
No entanto, de imediato, não entendemos o agir de Deus. Mas hoje, olhando de relance, tudo que aprendi na FAEME foi uma preparação para o que Deus tinha em mente para mim. E eu louvo a Deus que, nesta etapa da minha vida, ele tenha me permitido ficar ao lado de um homem como o Pr. Osiel, um mestre por excelência, um pregador comprometido com a Palavra (embora seja incompreendido certas vezes) e um homem, acima de tudo, simples e humilde, que também me ensinou a ser a buscar a humildade, a não pensar só nas coisas materiais; que me ensinou que Deus deve ser o nosso alvo sob quaisquer circunstâncias.

Pr. Osiel e Aderian, obrigado por tudo que me concederam enquanto trabalhávamos juntos. Obrigado pela amizade que perdurou, após a nossa separação profissional.

Resumindo, se alguém me perguntasse qual o papel que ele representou em minha vida, eu diria, sem medo de errar: foi um instrumento que Deus usou para me conceder o que eu necessitava, para me acompanhar, para me guiar, para me ensinar, a fim de que, quando Ele me chamasse para cumprir minha missão em sua Obra, eu estivesse com o preparo necessário e tivesse as ferramentas que Ele determinou para minha vida.

Pr. Osiel, meu amigo... Amiga Aderian, obrigado por tudo!
Meus rogos são para que “... aquele que dá a semente ao que semeia e pão para comer também multiplicará a vossa sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça” (2 Coríntios 9:10).

Contem com minhas orações!!

Ah, e tá chegando... dia 15 de abril, a Aderian aniversaria... dia 22 de abril, é ele, Pr. Osiel...

Nos laços do Calvário,

Prof. Damasceno

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