quinta-feira, 23 de julho de 2009

É possível perder a salvação, se ela nos foi concedida pela graça de Deus? (1)


A paz do Senhor a todos...

A postagem abaixo, da lavra de meu amigo e Pr Ciro Zibordi, tem possibilitado um entendimento mais claro sob aspectos inerentes à salvação, e quero compartilhar e difundir a excelente postagem.

"Sempre que eu faço qualquer menção à possibilidade de alguém perder a salvação, sou “bombardeado” com perguntas. No artigo anterior, fiz um comentário acerca do bordão “Uma vez salvo, salvo para sempre”, e alguns irmãos me fizeram vários questionamentos, uns para saber mais sobre o assunto, e outros, para refutar o que eu disse, amigavelmente, é claro. Resolvi criar uma postagem (ou série, se for o caso) pela qual respondo às tais perguntas, acreditando que esse tipo de diálogo ajude os irmãos que ainda têm dúvidas sobre o assunto.

Thiago André Monteiro disse: Você realmente acredita que uma pessoa que verdadeiramente foi salva (convertida, não apenas convencida) pode perder esta salvação a qualquer momento? Deve ser muito difícil e angustiante viver com este peso — “Oba! Agora estou salvo! Ops, agora não! Ufa, agora estou salvo de novo! Ai caramba, agora não!” Tomara que essa pessoa morra no minuto certo, senão pagará eternamente só por causa de alguns segundos.

Minha resposta: Caro Thiago André Monteiro,

É óbvio que uma pessoa verdadeiramente salva e convertida não pode perder a salvação por qualquer motivo e a qualquer momento, enquanto permanecer em Cristo (Jo 15.1-10; 10.26,27). Mas ela pode, sim, perdê-la se passar a ter uma vida relaxada e sem compromisso com a Palavra de Deus (1 Co 15.1,2; 2 Pe 2.20-22; 1 Tm 4.1). Os predestinalistas, que defendem a eleição arbitrária e a graça irresistível (entre outros desvios do evangelho), têm levado esse assunto ao extremo. Pensam que os que prezam a verdade bíblica de que é possível perder a salvação (Ap 3.5) acreditam que uma pessoa é salva e perdida, salva e perdida, salva e perdida, salva e perdida... Num minuto é salva; no outro, perdida. Não, prezado irmão, eu não defendo essa argumentação simplista do salvo-perdido-salvo-perdido-salvo-perdido, pela qual se afirma que alguém pode perder a salvação por qualquer motivo banal, como ficar irritado no trânsito ou cometer um pecado qualquer. Entretanto, não tenho dúvidas de que a permanência consciente no pecado implicará perda da vida eterna. Isso à luz da Palavra de Deus, é claro. Afinal, pensar que uma vez salvo, salvo para sempre é outro extremo. A resposta dos predestinalistas a isso tem sido: quem perdeu a salvação é porque nunca foi salvo. Mas isso não é verdadeiro, principalmente à luz de textos claros como 2 Pedro 2.1. Nesta passagem emprega-se o verbo "resgatar", o qual só se aplica a quem um dia realmente foi salvo, resgatado da vida de pecado (vv.20-21).

Thiago André Monteiro disse: Acho muito bom e produtivo esse tipo de discussão. Primeiramente obrigado pela resposta e, apenas tentando entender quem pensa diferente de mim e que se defende com argumentos bíblicos e sólidos (o senhor sabe que a maioria apela mesmo sem qualquer critério), gostaria de saber como o senhor entende o texto de 1 Coríntios 5.1-5 frente a este assunto. “[...] entreguem esse homem a Satanás, para que o corpo seja destruído, e seu espírito seja salvo no dia do Senhor” (v. 5).Dentro do contexto geral do texto, devo entender que este homem foi ou não salvo? Ele, no meu entendimento, cometia o pecado sistematicamente, sem se preocupar com as conseqüências; no entanto, o texto dá a entender que, mesmo excluído da comunhão dos irmãos e entregue para ser morto fisicamente (“para que o corpo seja destruído”), ele será salvo no dia do Senhor. Novamente insisto que não quero apenas discordar, mas crescer ao ouvir aqueles que se dedicam na Palavra de Deus (mesmo que suas conclusões sejam contrárias às minhas, mesmo porque eu não sou infalível).

Minha resposta:Caro irmão Thiago André Monteiro,
Fico feliz com o seu interesse. E agradeço-lhe pelas palavras de gratidão e incentivo quanto ao meu trabalho. O texto de 1 Coríntios 5.1-5 não é de fácil interpretação, haja vista a contundente declaração do apóstolo Paulo contida no versículo 5. Mas o irmão, em sua pergunta, dá uma pista de como chegar à resposta, ao mencionar a necessidade de conferir o contexto geral da passagem. De fato, o versículo 5, em específico, só pode ser compreendido levando-se em consideração os seus contextos imediato e remoto. Observe que a expressão “seja entregue a Satanás” também aparece em 1 Timóteo 1.19,20: “Alguns fizeram naufrágio na fé. Entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar”. Veja: eles não foram entregues a Satanás para serem condenados, mas para aprenderem a não blasfemar. Em outras palavras, “ser entregue a Satanás” significa deixar alguém novamente aos cuidados do Diabo, como estava antes (Cl 1.13), para que aprenda a ser obediente a Deus. É claro que alguns nem sofrendo aprendem (Pv 29.1). E, nesse caso, só lhes restará a perdição, a qual trazem sobre si mesmos, ao permanecerem na iniquidade (2 Pe 2.1). O que Paulo quis dizer, então? Que a igreja de Corinto não deveria ser conivente com o erro do irmão (irmão?) iníquo, mas excluí-lo da comunhão, a fim de que houvesse possibilidade de ele vir a ser salvo, caso se arrependesse. Deus permite, em alguns casos, que o Diabo seja um instrumento no castigo físico de um crente desviado, que peca de maneira continuada, rejeitando todas as oportunidades que o Senhor lhe dá. Veja o caso da falsa profetisa Jezabel. Jesus disse que lhe dera tempo para se arrepender, e ela não havia se arrependido. Por essa razão, Ele asseverou: “Eis que a porei numa cama...” (Ap 2.20-22). Depreende-se que essa mulher, no leito de dor (enferma), pudesse, enfim, se arrepender. E, caso ela viesse a morrer em decorrência da enfermidade, seria salva. Ou seja, o seu corpo seria destruído, mas o seu espírito, salvo. Por outro lado, o caso mencionado em 1 Coríntios 5.5 não se refere especificamente a enfermidades, e sim a sofrer nas mãos de Satanás. Não é seguro afirmar (pois o texto bíblico não é suficientemente claro quanto a isso), porém tudo indica que esse mesmo iníquo, antes impenitente, é mencionado em 2 Coríntios 2.5-9, já reintegrado à comunhão, depois de ter passado pelo período “entregue a Satanás”, isto é, afastado da comunhão. Em resumo, o propósito da ação drástica recomendada pelo apóstolo Paulo é a salvação final do irmão que estava insistindo em permanecer na vida de pecado, e não a sua destruição eterna por ocasião do julgamento final. Em Cristo,Ciro Sanches Zibordi.
Fonte: Blog do Pr Ciro Zibordi

ISLAMISMO - Parte 3 (Missões transculturais)

Continuação

O que são os cinco pilares?


São o arcabouço da vida e da disciplina islâmica. Fidelidade satisfatória aos pilares satisfaz a vontade de Alá. Eles formam a base da esperança muçulmana de salvação, juntamente com a fé e a crença na existência de Alá, na autoridade de Mohamed como profeta e na finalidade e perfeição do Alcorão. Os cinco pilares são:


1° - Recitar o Shahadah: A palavra Shahadah significa “testificar”. Para recitar o Shahadah, o muçulmano diz: “Eu testifico que não há nenhum outro deus além de Alá e que Maomé é seu mensageiro” . Para se tornar um muçulmano, o individuo precisa recitar essa frase com sinceridade diante de duas testemunhas.


2° - Orar (Salat): Os muçulmanos tem a obrigação de orar cinco vezes ao dia, recitando certas partes do Alcorão na alvorada, ao meio dia, no meio da tarde, ao entardecer e duas horas após o pôr-do-sol. Eles devem se lavar ritualmente e orar voltados em direção a Meca. As sextas-feiras, é feito um culto ao meio dia; espera-se que os muçulmanos compareçam.

3° - Jejuar (sawn): Os muçulmanos celebram o recebimento do Alcorão através de Maomé durante o Ramadã, o nono mês do calendário muçulmano. Espera-se que eles se abstenham de comer, de beber, de fumar, e das relações sexuais durante as horas da luz do dia. Após o pôr-do sol eles podem reiniciar essas atividades até o nascer do sol.

4° - Fazer a peregrinação (Haji): Todos os muçulmanos são obrigados a fazer uma viagem a Meca uma vez na vida. As vestes simples do peregrino enfatizam a noção de igualdade diante de Deus. Outro elemento da hajj é a obrigatoriedade de caminhar sete vezes ao redor da caaba ( Kaabah, em árabe), o santuário no qual está colocada a pedra negra, o lugar mais sagrado do islã. Mohamed ensinou que a Caaba foi o lugar original de adoração de Adão e, posteriormente, de Abraão. A Caaba é, assim, venerada como lugar da verdadeira religião, o momento absoluto do islã.



5° Dar esmolas (zakat): Zakat é derivada da palavra zaka, a qual significa ser puro. A raiz dessa palavra implica a purificação do aumento das posses ou rendas. No sentido religioso zakat é aquela parte da poupança de um muçulmano (2,5%) mais seus lucros, dados como pagamento obrigatório. Tal pratica com seus detalhes, assim no no caso dos cinco períodos de oração, se baseia mais nas tradições (hadith) do que no Alcorão. A coleta de zakat varia de pais para pais: em alguns lugares é recolhido pelo governo; na Europa, pelas mesquitas. A receita obtida pelo zakat é investida na construção de mesquitas, escolas e hospitais.



Fonte: AMME Evangelizar

segunda-feira, 20 de julho de 2009

ISLAMISMO - Parte 2 (Missões transculturais)

Continuação!!!

Quem foi Mohamed?

Os muçulmanos acreditam que Mohamed tenha sido o ultimo e maior profeta de Deus “o selo dos profetas”. O Alcorão foi ditado para ele pelo anjo Gabriel num prazo de 22 anos. Isto lhe concede o lugar supremo entre os enviados de Deus. Nativo da cidade de Meca, Mohamed foi forçado a fugir daquela cidade no ano 622, depois de pregar vigorosamente contra o paganismo da cidade. Tendo assegurado sua liderança em Medina, com diversas vitorias militares em seu currículo, Mohamed voltou em triunfo para a cidade de Meca no ano 630. Ali estabeleceu o Islamismo como a religião de toda a Arábia.

O que é o Alcorão?

O Alcorão é o livro sagrado do islamismo e à perfeita palavra de Deus para o muçulmano. Afirma-se que o Alcorão foi ditado a Mohamed em árabe pelo anjo Gabriel e que é a exata palavra de Deus. Nesta condição, ele preexiste nos céus com Deus como a “mãe do livro”e estava nessa forma não criada e eterna com Deus. O islamismo ensina que o Alcorão contém a total e perfeita revelação e vontade de Deus. O Alcorão tem cerca de quatro quintos do comprimento do NT e está dividido em 114 capítulos (surahs, em árabe, traduzido por Suratas em português). Embora respeite a Torá, os salmos de Davi e os quatro evangelhos, o islamismo considera o Alcorão único em sua posição de autoridade e absolutismo. Acredita-se que ele é melhor compreendido em árabe e é uma obrigação religiosa tentar lê-lo e citá-lo em sua língua original.
O Alcorão é a fonte das doutrinas islâmicas, as quais negam as doutrinas capitais do Cristianismo, como a doutrina da Trindade. Tal negação tem como consequência também negar as doutrinas da divindade de Jesus e da divindade do Espirito Santo. O próximo passo lógico é negar a doutrina da inerrância das Escrituras bíblicas, as quais claramente estabeleceram as doutrinas da Trindade, divindade de Jesus, divindade do Espirito Santo e inspiração divina das Escrituras bíblicas.

Ore, constantemente, para que Deus continue usando os missionários que enfrentam, diariamente, os percalços de falar de Cristo para os muçulmanos.

Fonte: AMME Evangelizar!

ISLAMISMO - Parte 1 (Missões transculturais)


Islamismo Parte I (Misssões Transculturais)

Moçambique é um dos países que tem como uma de suas religiões predominantes, o Islamismo.

Vamos conheçer um pouco mais sobre a história do Islamismo.

Nome: Islamismo ou Islã
Principal figura da história: Mohamed (570 – 632 d.C.) Apesar de o profeta do Islã ser conhecido em português por Maomé, seu nome é Mohamed.
Data de estabelecimento: 622 d.C., data na qual ficou estabelecido o início do calendário islâmico, pois nesse ano ocorreu a hégira (fuga) para Medina. Tal fato foi crucial no estabelecimento do Islã. Mohamed passou de profeta rejeitado em Meca para profeta aceito em Medina.
Foi a partir de Medina que ocorreu toda a expansão do Islã. Nos dez anos seguintes, Mohamed estabeleceria o Islã em toda a Arábia.

Adeptos: Chamados de muçulmanos ou maometanos. Contudo, maometanos é uma maneira errada de se referir a eles, pois, nesse caso, fica uma certa impressão de que Mohamed seria como ídolo para eles. Os mulçumanos se ressentem disso, já que na verdade rejeitam veemente a ideia de qualquer forma de idolatria. No mundo inteiro, estima-se que seu n° varie de 800 milhões a um bilhão: 58% vivem no sul e sudeste da Ásia; 28% na África; 9% no Oriente Médio; 5% em outros lugares. A população estimada nos Estados Unidos é de 6,5 a 8 milhões.
O islamismo é a mais jovem das grandes religiões mundiais. Ele afirma ser a restauração do monoteísmo e da verdade original e, assim, se coloca numa posição superior tanto em relação ao judaísmo quanto ao cristianismo. Prega que a submissão a Alá (Allah, em árabe), o nome árabe de Deus, e a conformidade aos “cinco pilares”.
As (disciplinas desta religião) são fatores essenciais para a salvação. Desde o seu início, o islamismo tem sido uma religião de abordagem missionária bastante agressiva. No espaço de um século desde sua formação, frequentemente usando força militar, o islã se espalhou por todo Oriente Médio e pela maior parte do norte da África, chegando a lugares tão distantes quanto a Índia. Embora a compreensão da maioria dos mulçumanos seja de que é impossível conhecer a Deus pessoalmente, eles acreditam que a vontade de Alá é perfeitamente revelada em seu livro santo, o Alcorão, (Qu ‘ ran, em árabe). O Alcorão deve ser seguido de forma absoluta e seus ensinamentos formam um guia completo para a vida e a sociedade.

FONTE: AMME Evangelizar

quinta-feira, 16 de julho de 2009

RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA - RCC

A IDEOLOGIA CARISMÁTICA E O PROTESTANTISMO - VAMOS ENTENDER ISSO?

“Mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se” (Mt.13:25).

Santa Inquisição

Em séculos passados qualquer idéia que inspirasse um suposto ecumenismo, era tratada pela igreja católica como uma heresia que devia ser veementemente combatida. Um dos instrumentos criados para fazer valer as decisões da igreja romana contra os hereges foi o tribunal da “santa inquisição”. Historiadores afirmam que a “santa inquisição” foi responsável pela morte de milhares de pessoas. Voltemos um pouco no tempo, mais precisamente ao tribunal de Córdoba no ano de 1630, para vermos como o romanismo tratava aqueles que não rezassem de acordo com sua cartilha. Diz um documento do “santo ofício”:

“Que a maldição de Deus Todo – Poderoso e da gloriosa Virgem Maria, dos Bem – Aventurados Apóstolos são Pedro e São Paulo, e de todos os Santos do Céu venha sobre vós e cada um de vós, assim como todas as pragas do Egito e as maldições que caíram sobre o faraó e seu povo, pois não haveis obedecidos aos mandamentos divinos. E que sejais submetidos às mesmas sentenças que flagelaram Sodoma e Gomorra, Datan e Abiram, engolidos pela terra por causa do pecado de desobediência cometido contra Deus. E que sejais malditos em vosso comer, beber, velar, dormir, levantar, andar, viver e morrer. Endurecei-vos em vosso pecado com o demônio sempre à vossa direita até o Juízo Final, onde sereis condenados. Que vossos dias sejam curtos e penosos. Que vossos bens caiam nas mãos de estranhos que os possam gozar. Que vossos filhos sejam órfãos e caiam na necessidade, banidos de vossas casas queimadas. Que toda a gente vos deteste, sem piedade de vós e de vossos negócios. Que vossa malvadeza permaneça na memória de todos, oposta à veneração divina. Que maldito sejam o pão, o vinho e a carne que vós comeis e bebeis, a roupa que vestis, as camas onde dormis, que vós sejais malditos com todas as maldições do Antigo e Novo Testamento, malditos com Lúcifer, Judas e todos os diabos dos infernos, que eles sejam vossos senhores e vossa companhia. Amém”

Aqui no Brasil muitos protestantes amargaram os efeitos desse ‘anátema’. A propósito, diz o historiador J. Reis Pereira: “A pregação do evangelho pelos batistas não era vista com bons olhos pelos sacerdotes católicos. Tanto mais que o povo ouvia os pregadores. O povo brasileiro é, em geral, tolerante. Mas pode chegar a extremos de violência quando açulado pelos seus líderes religiosos. E isso aconteceu inúmeras vezes (...) Inicialmente, os padres atacavam os pregadores no púlpito e através de artigos nos jornais da cidade. Uma acusação freqüente era de que os protestantes usavam Bíblias falsas. Quando esses meios falhavam e continuava a haver conversões, apelavam para a violência, algumas vezes contando com a ajuda das autoridades”

Irmãos Separados

Os tempos mudaram, a visão católica também. Em anos mais recentes percebe-se que o discurso católico com respeito aos dissidentes (antigos hereges) tem se tornado mais atenuado. As decisões agora não são mais verticalizadas como anteriormente, mas horizontalizadas, isto é, procura-se estabelecer um diálogo com os antigos dissidentes ou hereges, e o caminho mais curto para isso é o do ecumenismo. No Concílio do Vaticano II (1961 –1965) observamos uma forte ênfase da Igreja Católica sobre o ecumenismo. Na sessão: “A relação dos Irmãos separados com a Igreja Católica” (novo termo para aqueles que dantes eram “os dissidentes”), lemos: “Os irmãos separados de nós realizam, também, não poucas ações sacras da religião cristã. Estas podem, sem dúvida, por vários modos, conforme a condição de cada Igreja ou Comunidade, produzir realmente a vida da graça. Devem mesmo ser tidas como aptas para abrir as portas à comunhão salvadora.“Portanto, mesmo as Igrejas e Comunidades separadas, embora creiamos que tenham deficiências, de forma alguma estão destituídas de significação e importância no mistério da salvação. O Espírito Santo não recusa empregá-las como meios de salvação, embora a virtude desses derive da própria plenitude de graça e verdade confiada à Igreja católica. “Contudo, os irmãos de nós separados, tantos os indivíduos como suas Comunidades e Igrejas, não gozam daquela unidade que Jesus Cristo quis prodigalizar a todos aqueles que regenerou e convivificou num só corpo e em novidade de vida e que as Sagradas Escrituras e a venerável Tradição da Igreja professam. Somente através da Igreja católica de Cristo, auxílio geral de salvação, pode ser atingida toda a plenitude dos meios de salvação. Cremos também que o Senhor confiou todos os bens do Novo Testamento ao único Colégio apostólico, à cuja testa está Pedro, a fim de constituir na terra um só corpo de Cristo, ao qual é necessário que se incorporem plenamente todos os que, de alguma forma, pertencem ao povo de Deus (...) É sem dúvida necessário que os fiéis católicos, na ação ecumênica, se preocupem com os irmãos separados, rezando por eles, comunicando-se com eles sobre assuntos da Igreja, dando os primeiros passos em direção a eles (...) Este Sagrado Sínodo constata com alegria que a participação dos fiéis católicos na ação ecumênica cresce de dia para dia. Recomenda-se aos Bispos de toda a terra para que seja por ele prudentemente promovida e dirigida”.

Observa-se uma mudança radical por parte do Concílio do Vaticano II com relação aos dissidentes do catolicismo. Contudo essa mudança, como revela esse documento, ainda mantém o mito de ser o catolicismo a legítima igreja de Cristo, o mito de que o papa é o sucessor de Pedro, além do fato de manter de pé antigos dogmas como os da “venerável tradição”.

Irmãos em Cristo

O esforço de ‘unir’ católicos e protestantes tem ganhado força nos tempos modernos. Em sua edição do dia 10 de novembro de 1999, a revista VEJA, na seção “Religião”, trouxe a reportagem intitulada: “Irmãos em Cristo”. A reportagem mostra a assinatura de um histórico acordo entre católicos e luteranos. Devido a sua grande riqueza de detalhes, principalmente no que concerne ao resgate histórico dos motivos que desencadearam o cisma entre católicos e protestantes, reproduzi-la-ei aqui em sua maior parte:

“Quase cinco séculos depois do cisma que deu origem ao protestantismo, católicos e luteranos selaram um acordo histórico. O cardeal australiano Edward Cassidy, representante do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade Cristã, e o bispo alemão Christian Krause, presidente da Federação Luterana Mundial, firmaram a Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação. O documento de vinte páginas trata de um aspecto teológico aparentemente insignificante. Seu texto final diz que “só pela graça e pela fé na ação salvadora de Cristo, e não com base em nossos méritos, somos aceitos por Deus e recebemos o Espírito Santo, que renova nossos corações e nos habilita e conclama a realizar as obras de bem”. A fórmula é um meio termo entre duas posições que pareciam irreconciliáveis. Até então, os católicos acreditavam que, para uma pessoa alcançar o paraíso, as boas ações eram tão importantes quanto a solidez de uma crença. Os luteranos, por sua vez, batiam-se pela noção de que bastava ter uma fé robusta para evitar a queda no inferno. A sutileza ganha relevância quando se tem em mente que a causa do cisma foi justamente o fato de o monge alemão Martinho Lutero ter-se rebelado em 1517 contra a ênfase da Igreja nas “boas obras”, argumento doutrinal que justificava o comércio de indulgências. Na época, quem quisesse ter seus pecados atenuados perante os olhos do papa era instado a pagar por isso – e caro. Foi graças à venda de indulgências, por exemplo, que a portentosa Basílica de São Pedro pôde ser erguida. Excomungado por Leão X em 1521, Lutero lançaria nove anos mais tarde as bases da Reforma Protestante, na cidade alemã de Augsburg. A mesma onde o cardeal Cassidy e o bispo Krause assinaram o acordo. Além de reafirmar que a fé era o único caminho para a salvação, ele elaborou uma teologia exclusivamente centrada nas Sagradas Escrituras. Com isso fez tábula rasa da autoridade papal e de toda a tradição da Igreja Católica (...) Entre outras coisas Lutero reduziu os sacramentos de sete para dois (batismo e eucaristia), descartou o princípio da transubstanciação (aquele momento da missa em que o padre “converte” pão e vinho no corpo e no sangue de Jesus) e abjurou o dogma da Virgem Maria. Como tais pontos ficaram de fora do documento firmado na semana passada, a reunificação das duas vertentes cristãs continua a ser o que sempre foi – um sonho distante para os católicos e um pesadelo longínquo para os protestantes. A declaração conjunta é fruto de uma necessidade imediata de ambos os lados e de uma lenta transformação no interior da Igreja. A necessidade imediata: concentrar forças para barrar o crescimento das religiões neopentecostais, que vêm arregimentando almas entre luteranos e católicos. Essa aproximação teria sido impossível, no entanto, não houvesse mudado a atitude da cúpula católica com respeito ao ecumenismo, um conceito surgido no século XIX. Até o papa João XXIII, que reinou entre 1958 e 1963, esta era uma palavra proibida no Vaticano. A concepção que vigorava era a do unionismo. Anglicanos, luteranos e ortodoxos deveriam simplesmente renunciar a sua autonomia e voltar ao seio da Santa Madre, mais ou menos como na parábola do filho pródigo. Eram vistos como dissidentes. “Eles devem retornar à verdadeira Igreja de Cristo, da qual infelizmente se distanciaram”, afirmou com todas as letras Pio XI, em uma encíclica de 1928. João XXIII revogou essa visão ao propor o ecumenismo como uma das bandeiras do Concílio do Vaticano II, a assembléia de cardeais, bispos e teólogos que modernizaria a doutrina e a prática da Igreja. Ele foi o primeiro pontífice a fazer um gesto de boa vontade em direção a outra igreja cristã. Em 1960, recebeu a visita do primaz anglicano, acontecimento que levou muito prelado a achar que o papa estava ficando maluco. A lição de João XXIII”, continua a reportagem de VEJA, “foi seguida à risca por Paulo VI, que entrou em acordo com os ortodoxos gregos, e por João Paulo II. O documento de augsburg, aliás, já é considerado um marco do atual pontificado, embora sua gestação date dos anos 60, quando foi instruída a Comissão Mista Internacional Católico – Luterana. O esforço ecumênico do papa polonês tem sido notável, em especial nos últimos anos. Ele deseja que a Igreja Católica adentre o novo milênio reconciliada não só com os diversos ramos do cristianismo, mas também com o judaísmo e o islamismo, religiões que até pouco tempo atrás eram tratadas como inimigas. Embora a ação ecumênica seja encarada como um movimento “irreversível”, para usar o adjetivo do próprio João Paulo II, ela ainda é uma área de tensão. E dificilmente deixará de sê-lo. Isso porque a Igreja não abre mão de seu primado. Por ter sido fundada pelos apóstolos Pedro e Paulo, a instituição vê-se como a única representante legítima de Cristo. Daí o adjetivo “apostólica”, que se segue ao “católica”. Ao definir-se também como “romana”, a Igreja diz ao mundo que não existe outra autoridade cristã que se equipare ao pontífice encastelado em Roma. Ou seja, o ecumenismo, para a cúpula católica, não passa de uma relação estratégica entre partes que nunca serão iguais”.

Operação Cavalo de Tróia

Há pontos nesta reportagem de VEJA, que me faz lembrar do presente que os gregos mandaram para os troianos. “O Cavalo de Tróia” como ficou mundialmente conhecido, era um grande cavalo feito de madeira. Os gregos que tinham a intenção de conquistarem Tróia, foram aconselhados por Ulisses a fazer esse grande cavalo e mandá-lo de presente para Tróia. Dentro do “presente dos gregos” estavam muitos guerreiros, que dessa forma podiam se infiltrar entre os troianos e surpreendê-los. Está claro que o ecumenismo pretendido pelo romanismo, não passa de “uma Operação Cavalo de Tróia” na versão religiosa. Embora o artigo fale de um acordo ecumênico entre católicos e luteranos, é necessário separarmos o joio do trigo. Embora os luteranos estejam inseridos dentro da tradição protestante, no entanto, é necessário dizer que não representam todo o protestantismo histórico, que sempre rejeitou qualquer pretensão a um suposto ecumenismo encabeçado pela igreja de Roma. Nesta reportagem de VEJA, percebemos que o clero está preocupado em “concentrar forças para barrar o crescimento das religiões neopentecostais, que vêm arregimentando almas entre luteranos e católicos”.

No livro: "Cuidado: Aí Vêm os Pentecostais", lançado em 1975, o escritor americano Peter Wagner já mostrava a explosão dos pentecostais na América Latina, dando destaque para o fenomenal crescimento dessas igrejas no Brasil . Esse crescimento em escala geométrica do pentecostalismo e o esvaziamento do catolicismo na terra de Vera Cruz, preocupava em muito o Vaticano. Acrescente-se a isso, as constantes pesquisas que traziam dados assustadores, revelando os baixos índices de católicos praticantes em contraste com a explosão evangélica.

Dentro desse contexto é que aparece a Renovação Carismática. Dizendo que a renovação fala a mesma língua dos evangélicos, principalmente os pentecostais, o clero romano tem usado a renovação católica para fomentar um suposto ecumenismo. No entanto, deve ser observado que o apoio dado pelo clero católico à Renovação Carismática é ideológico. Nesta reportagem de VEJA, percebemos que o clero está preocupado em “concentrar forças para barrar o crescimento das religiões neopentecostais, que vêm arregimentando almas entre luteranos e católicos”. O apoio por parte do clero ao Movimento de Renovação é estratégico e ideológico como já disse em outra parte deste texto. Ideológico porque revela a clara intenção da liderança romana em controlá-lo, impondo as suas milenares tradições. A propósito, a socióloga Maria Machado põe isso em destaque, quando fala sobre o posicionamento da Igreja Católica no estado do Rio de Janeiro em relação à Renovação carismática: “sob uma direção conservadora, a Arquidiocese do Rio de Janeiro apóia o movimento, cuidando de impedir os excessos e de enfatizar a devoção à Virgem Maria entre os carismáticos”. Ainda na sua premiada obra, página 119 diz a Dr.ª Machado: “Alguns estudiosos chegam mesmo a interpretar a força deste culto (a Maria) no Movimento carismático como um incentivo da própria hierarquia católica para manter o movimento dentro da sua tradição”.

É estratégico porque por trás de tudo isso está a clara intenção de conter o avanço evangélico no Brasil, como bem observou o Dr. Ricardo Mariano, sociólogo da Universidade de São Paulo: “Os carismáticos têm o apoio do papa, que precisa enfrentar a proliferação dos evangélicos no Brasil, e estão conseguindo romper a resistência dos bispos e padres progressistas.” Antecipando-se a essas palavras de Mariano, a revista evangélica “A SEARA” vaticinava em 1997 : “A entidade (CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) vem demostrando, através de seus relatórios, constante preocupação com a evasão dos fiéis católicos – estatísticas da CNBB mostram que esse número chega a 600 mil por ano somente na América Latina. Quase a totalidade desse contingente engrossa as fileiras das diversas denominações cristãs evangélicas. Em abril de 1991, as autoridades católicas descobriram uma maneira de reverter esse quadro: apontaram a renovação carismática como uma das principais formas de combater o crescimento religioso que julgam concorrente”.

Este é um fato patente a qualquer pesquisador sério e desprovido de preconceito. O clero “apóia” a renovação, mas dá as coordenadas desse apoio. Em uma outra reportagem: “Possuídos pelo Fogo de Deus”, a revista VEJA observa: “A Igreja Católica chegou bem depois dos protestantes nos cultos pentecostais, e só quando conheceu um enfraquecimento sem precedentes, seus fiéis migrando para credos evangélicos. Padres como Marcelo Rossi e outros da Renovação carismática, o novo alento do catolicismo, vêm conseguindo trazer de volta o rebanho desgarrado.” Observa-se que a renovação carismática, de um grande movimento do Espírito no início, transformou-se em uma arma contra o crescimento dos evangélicos no Brasil. É isto o que diz precisamente a revista ISTOÉ do dia 3/7/91: “Os carismáticos crescem no país e se firmam como a arma contra os pentecostais”. A renovação carismática surge como a grande vacina contra a pentecostalização do catolicismo. É nesse contexto que o atual movimento carismático deve ser entendido – uma estratégia de segurar os fiéis ou mantê-los católicos, custe o que custar. “O crescimento fenomenal do povo pentecostal no Brasil”, diz a revista Defesa da Fé, “ causava terrível preocupação à liderança católica. A RCC tem pois como objetivo segurar o católico dentro da sua própria Igreja e restaurar suas práticas e crendices. Assim a RCC não está interessada em trazer o povo a uma vida nova em Cristo, mas em torná-lo católico praticante, ter orgulho de ser católico” .

Sem dúvida o Vaticano está de olho nesta parte da terra, monitorando os passos do seu rebanho. Para esse fim o papa esteve aqui em 1997. Em uma reportagem datada de setembro de 1997, intitulada: “Pastor sem rebanho”, a revista VINDE responde à pergunta: “O que traz o papa ao Brasil?” E põe em relevo a preocupação da Santa Sé com as mudanças religiosas aqui ocorridas:
“O Brasil mudou muito (...) uma das mudanças mais notáveis, sem dúvida, afeta diretamente a Igreja Católica: a crescente debandada de fiéis, proporcional ao avanço do pentecostalismo – segmento evangélico que crê em dons sobrenaturais do Espírito Santo – É justamente esse o problema que atormenta a Santa Sé neste fim de século, a ponto de tornar-se uma das razões – nem sempre declarada – da vinda do papa ao país”.

Não há como negar que a renovação carismática está sendo usada como uma arma para a contenção da evasão de fiéis no catolicismo tradicional. Depois de um estudo exaustivo sobre as doutrinas católicas, os autores do livro “Os Fatos sobre o Catolicismo Romano”, mostram o principal objetivo da renovação carismática: “Questionada a princípio, a Renovação carismática tornou-se a grande aliada da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) para deter o êxodo dos católicos para outras igrejas” . Para Paulo Romeiro, o papel da renovação carismática em relação aos evangélicos é semelhante àquele desempenhado pelos jesuítas quando combateram a reforma luterana: “vejo-o (o movimento carismático) também como uma réplica do movimento da contra- reforma dos jesuítas. Assim como o movimento liderado por Inácio de Loyola tentou frear a reforma protestante, hoje o movimento carismático tenta deter o êxodo de católicos para o Pentecostalismo” .

O vaticanista Sandro Magister, em entrevista ao Fantástico, programa exibido pela rede Globo de televisão no dia 07/10/2001, não deixa dúvidas quanto ao verdadeiro papel da renovação carismática. Ao ser indagado sobre a possibilidade de no futuro os católicos terem um papa brasileiro, este especialista em assuntos relativos ao Vaticano, disse que um cardeal brasileiro que seja apreciado tanto pela esquerda como pela direita, e que tenha estreita ligação com a renovação carismática tem grandes chances de vir a ser o chefe dos católicos. A razão alegada por Magister é que o Vaticano está preocupado com o crescimento das “seitas” protestantes na América Latina, e segundo ele a renovação carismática é a solução para esse problema: “Uma das principais dificuldades da Igreja na América Latina é o crescimento das seitas protestantes e dos novos cultos, que vêm roubando muito fiéis. O movimento carismático pode frear esta tendência.” Basta lermos a literatura da renovação ou assistir aos seus shows na TV para percebermos esse fato. Já vi padres passarem longas horas na TV, numa espécie de lavagem cerebral, dizendo: “graças a Deus porque sou católico”. Outros quando apresentam seus programas fazem questão de enfatizarem a veneração à Maria. O ritual de seus cultos é uma mistura de práticas medievais com elementos vindo do pentecostalismo.

Fonte: Pr José Gonçalves, através do blog no site http://prjosegoncalves.blogspot.com/

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Nota de esclarecimento do presidente da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil - CGADB

Amados, a paz do Senhor a todos!

Cumprindo o meu papel de informar meu público, estou postando abaixo a Nota de Esclarecimento que o Pr José Wellington Bezerra da Costa, presidente reeleito na última AGO, em Serra - ES, motivada pelas declarações do Pr Samuel Câmara em um Programa veiculado pela RBN (Rede Boas Novas), no dia 13 de junho passado, onde ele fez várias acusações, tanto ao processo de eleição, como às atividades internas da CGADB. A seguir, a resposta oficial da liderança da atual Mesa Diretora sobre as denúncias.

O Presidente da CONVENÇÃO GERAL DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS NO BRASIL – CGADB, no exercício de suas atribuições estatutárias;

Considerando o ofensivo pronunciamento do membro SAMUEL CÂMARA, levado ao ar em programa televisivo no dia 13 de junho de 2009, oportunidade em que suscitou inverídicas suspeitas sobre a lisura das assembleias gerais da CGADB e respectivos procedimentos eleitorais, que ensejaram a reforma dos Estatutos e a reeleição de Membros da Mesa Diretora, estendendo seus ataques à atual e às anteriores administrações da entidade;
Considerando que o pronunciamento do membro SAMUEL CÂMARA denigre, direta ou indiretamente, a imagem, a honra e a dignidade da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil - CGADB, assim como de seus Dirigentes e todos os Membros Convencionais;
Considerando que, de acordo com as normas estatutárias, cabe ao Presidente da Mesa Diretora o direito de defesa, em Juízo e fora dele, da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil – CGADB;
A BEM DA VERDADE e por meio do Mensageiro da Paz, vem prestar os seguintes esclarecimentos, a todos quantos possam interessar:

REFORMA DOS ESTATUTOS
1) As reformas do Estatuto Social da CGADB, algumas delas por proposta do próprio convencional SAMUEL CÂMARA, se deram por imperiosa necessidade de sua adequação aos ditames do Novo Código Civil (Lei nº 10406/2002) assim como à realidade da própria CGADB, sendo a penúltima realizada na cidade Maceió-Al. A última reforma (AGE de Porto Alegre-RS), foi efetivada principalmente para permitir a eleição eletrônica, que foi inaugurada com sucesso na AGO de Vitória, Estado do Espírito Santo, mediante a utilização de urnas eletrônicas cedidas pelo Egrégio Tribunal Regional Eleitoral daquele acolhedor Estado, sendo, inegavelmente, uma grande vitória e profundo avanço, dado o expressivo número de eleitores que participam das AGOs.

DO PROCEDIMENTO ELEITORAL
2) Todos os procedimentos eleitorais da CGADB, sem qualquer exceção, sempre foram realizados às claras e de forma democrática, e sem manipulação, com inteira observância das disposições legais e estatutárias. Todos os convencionais tiveram plena liberdade para se inscrever como candidatos aos cargos eletivos. Prova disto que o próprio denunciante SAMUEL CÂMARA vem participando de sucessivas eleições, como candidato, tendo sido eleito, inclusive, como 1º vice Presidente da Convenção Geral, biênio de 2005/2007, afora outras funções eletivas que exerceu junto à Mesa Diretora, fatos que jamais poderá negar mesmo porque estão registrados nos anais da Convenção Geral. A reeleição do Pr José Wellington Bezerra da Costa, como Presidente, e a eleição dos demais Membros da Convenção Geral, a par da estrita observância das disposições estatutárias, devem ser tributados ao livre e consciente exercício do direito de voto dos convencionais que compareceram às sessões da Assembléia Geral, a exemplo dos respeitáveis votos atribuídos ao denunciante SAMUEL CÂMARA, restando-lhe apenas a lamúria de sua mal conduzida campanha. Duvidar da lisura, da condução e do resultado das eleições, como o fez deliberadamente o denunciante, equivale a subestimar a própria inteligência dos convencionais que participaram do certame.
3) Quanto às inscrições de convencionais, principalmente daqueles que participaram da última eleição, são infundadas as denúncias propaladas pelo membro SAMUEL CÂMARA, a exemplos dos demais fatos que ele veiculou em programa de televisão. Inicialmente, convém esclarecer que as inscrições foram acompanhadas pelo próprio convencional SAMUEL CÂMARA e seus assessores, tendo resultado na confecção de um relatório subscrito por ele (Samuel Câmara) e pelos membros da Comissão Eleitoral. E é oportuno informar que as impugnações do denunciante foram examinadas e rejeitadas pela Comissão Eleitoral, por ausência de qualquer irregularidade. Não era verdadeira a alegação de falta ou intempestividade de pagamento das taxas de inscrições ou de anuidades envolvendo 1626 inscrições. Todas foram pagas a tempo e modo, cumprindo ressaltar que alguns convencionais, residentes na cidade do Rio de Janeiro, efetuaram os respectivos pagamentos no dia 21 de janeiro de 2009, porque o dia 20 de janeiro de 2009, último dia de prazo, foi FERIADO na cidade do Rio de Janeiro e, de acordo com o artigo 132, § 1º, do Código Civil, “Se o dia do vencimento cair em feriado, considerar-se-á prorrogado o prazo até o seguinte dia útil”. E nada melhor do que cumprir a Lei, como sempre foi do feitio dos Membros da Convenção Geral, cuidado que o denunciante demonstrou não possuir. Por outro lado, o denunciante insinua que 1300 convencionais compareceram somente no dia da votação, mas não estariam inscritos no prazo do edital. Mais uma inverdade pronunciada pelo membro SAMUEL CÂMARA. Todos os 1300 convencionais estavam inscritos. Por sua vez, não se pode censurar os convencionais que optaram por comparecer ao local de votação somente no dia da eleição, visto que a participação dos atos correlatos ao pleito é de livre iniciativa de cada convencional. Curioso que o denunciante SAMUEL CÂMARA, deliberadamente, deixou de mencionar os convencionais que ele apresentou às vésperas da eleição, e, portanto, fora do prazo regimental, os quais foram inscritos em cumprimento de decisões judiciais provisórias proferidas em ações que eles ajuizaram contra a CGADB perante a Comarca de SERRA, Estado do Espírito Santo.

DO CADASTRO E DO REGISTRO DE CONVENÇÃO
4) Sob o enfoque deste tópico, também carece de veracidade a denúncia do membro SAMUEL CÂMARA. Nenhum convencional pode ignorar que o cadastramento e o registro de convenções são atos de competência da Mesa Diretora, a teor do artigo 39, III, do Estatuto Social, submisso a homologação da Assembléia Geral. A inscrição da entidade convencional que o denunciante mencionou em programa de televisão preencheu todos os requisitos do Estatuto da CGADB, especialmente quanto ao prazo de seis meses anteriores a data da AGO. Bem por isso que seus membros concretizaram suas inscrições no prazo do edital da última eleição, mediante o pagamento dos respectivos valores, tudo a demonstrar a inveracidade das afirmações do denunciante.

DA ÚLTIMA ELEIÇÃO
5) A eleição levada a efeito durante a AGO em Vitória-ES, como dito acima, foi a primeira mediante processo eletrônico, com urnas eletrônicas cedidas pelo Egrégio Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Espírito Santo. Todos os atos que a precederam, regulados no Estatuto Social e Regimento Interno da CGADB, foram rigorosamente cumpridos e fiscalizados, inclusive acompanhados pelo denunciante, ora pessoalmente, ora por seus representantes. Como se isso não bastasse, convém salientar que o próprio Tribunal cedente das urnas designou seus técnicos, que, diligentemente, acompanharam todos os procedimentos, culminando com a apuração e proclamação dos resultados. Como prova inequívoca da transparência, da oportunidade e lisura do pleito, mesários, escrutinadores, secretários, presidentes de mesas e fiscais foram indicados e recrutados pelos candidatos a presidente, até mesmo para a lacração das urnas, o que concorreu para o equilíbrio, a igualdade e a verdade dos resultados. Portanto, quando o denunciante se refere a suspeição e manipulação das eleições e seu resultado, em verdade o faz como ato de desespero, sem medir as consequências de suas inverídicas afirmações, sem a preocupação de atingir a honra, a imagem e a dignidade de consagrados servos de Deus, que, com dedicação e desvelo, cuidam de imensos rebanhos do Senhor da Seara.

DAS DELIBERAÇÕES DO PLENÁRIO
6) A respeito das deliberações do Plenário, o denunciante SAMUEL CÂMARA demonstra estar desinformado quanto ao que dispõe o artigo 21 do Regimento Interno, que regulamenta a forma de aferir a votação de matérias submetidas a debate em plenário. Conferindo o Regimento da CGADB, é inegável que a conduta do presidente do conclave se ateve rigorosamente ao que determina o mandamento estatutário e regimental, não sendo verdadeira, portanto, a afirmação do denunciante sobre suposta conduta diversa do presidente da Mesa.

DO RELATÓRIO DA COMISSÃO ESPECIAL
7) As inverídicas afirmações do membro SAMUEL CÂMARA a respeito de gastos, encargos e compromissos financeiros da CGADB, principalmente no que se refere ao período de 2007 a 2008, comportam os seguintes esclarecimentos:
a) Como é do conhecimento de todos os Membros Convencionais, a CGADB tem vários órgãos que exercem atividades em sua estrutura administrativa, tais como: Mesa Diretora, Conselho Fiscal, Conselho de Ética, Comissão Jurídica, dentre outros. Todos os convencionais que integram esses órgãos, exercem suas atividades sem remuneração de qualquer espécie, cabendo à CGADB os custos de deslocamentos, hospedagem e alimentação dos de seus Membros, quando no desempenho de suas atribuições estatutárias. Aliás, o próprio denunciante SAMUEL CÂMARA, enquanto integrante de órgãos da CGADB, também recebeu o mesmo tratamento, sem que desembolsasse, de si próprio, ou da igreja que preside, qualquer valor para cobrir suas despesas no desempenho de atividades estatutárias. Ao contrário do que insinuou o denunciante, todos os valores indicados no relatório da Comissão Especial nomeada são decorrentes de intensas e exaustivas atividades dos Membros que integram os diferentes Órgãos da CGADB, realizadas em diferentes regiões do País, sempre no interesse da entidade, como os convencionais tiveram a oportunidade de verificar e comprovar na última AGO. Não merecem credibilidade, portanto, as gratuitas afirmações do denunciante, mesmo porque desprovidas de qualquer prova em sentido contrário.
b) Quanto às dividas fiscais apontadas (INSS e FGTS), convém ressaltar que é absolutamente inverídica a informação da existência de “apropriação indébita” de valores descontados dos empregados da CGADB. O relatório da Comissão Especial nomeada dá conta de que os valores descontados de salários foram quitados. Logo não procedem as afirmações do denunciante. Quanto ao saldo apontado como objeto de parcelamento junto ao órgão governamental competente, aguarda-se deferimento de requerimento formulado em estrita observância das normas legais.
c) Com relação aos compromissos assumidos, é oportuno esclarecer que as finanças da CGADB são alimentadas pelas anuidades e taxas de inscrições dos Membros Convencionais de sorte que, em razão da ausência de provisão de fundos de vários cheques recebidos de convencionais, a entidade teve momentânea dificuldade para saldar seus compromissos, mas, conforme consta do relatório da Comissão Especial, os títulos de créditos mencionados pelo denunciante foram resgatados. Por não ser de seu interesse, o denunciante omitiu, propositadamente, o parecer final da aludida comissão, que não foi por ele contestado em plenário, onde está expresso que: “Diante dos fatos analisados e dos comentários citados, somos de parecer de que os relatórios financeiros de 2007 e 2008, apresentados pela CGADB, sejam aprovados, com a incorporação deste relatório e documentos, com atendimento as recomendações aqui constantes, em especial com o preparado das demonstrações financeiras em conformidade com os princípios contábeis geralmente aceitos. De igual modo, esta comissão considerando os aspectos envolvidos e a documentação apresentada, conclui que, tendo em vista a matéria discutida, não se identifica nenhum elemento evidenciador de improbidade administrativa.”
Deve ser destacado que a Comissão Especial em referência foi composta por convencionais dotados de formação técnica adequada, e com a participação de representante do denunciante SAMUEL CÂMARA. O parecer acima parcialmente transcrito foi submetido à discussão e apreciação do plenário, tendo sido APROVADO POR UNANIMIDADE pelos Convencionais, dentre eles o próprio denunciante SAMUEL CÂMARA.

DA DOCUMENTAÇÃO PARA A INSCRIÇÃO
8) No que se refere aos documentos de inscrição dos candidatos, o pronunciamento do membro SAMUEL CÂMARA, igualmente, está permeado de inverdades. De todos os que se candidataram aos mais diversos cargos eletivos da CGADB, foi exigida a documentação regimentalmente determinada, conforme dispõe o artigo 41 e seguintes do Regimento Interno, com prazos de impugnações. Por outro lado, é absolutamente inverídica a afirmação de que o subscritor da presente teria presidido sessão da Comissão Eleitoral, até porque os membros daquele órgão, que atuaram com total independência, jamais permitiriam a ingerência de terceiros em seu funcionamento. É lamentável observar, mas o denunciante, propositadamente, confunde a pessoa física dos candidatos com a pessoa jurídica da CGADB.
9) Finalmente, destaca o subscritor desta nota, em nome da Mesa Diretora e todos os demais órgãos da CGADB, que não é cabível, por impertinente, a ressuscitação de questões exaustivamente debatidas e já decididas, soberanamente, pelos Membros Convencionais, não sendo demais acrescentar que as denúncias do membro SAMUEL CÂMARA configuram comportamentos espiritualmente reprováveis, cabendo ao Senhor da Seara avaliá-las segundo seus santos propósitos e juízos. Bom seria que o precioso espaço do programa de televisão fosse utilizado pelo membro SAMUEL CÂMARA para a propagação do Santo Evangelho, porque é com esse magno propósito que ele foi consagrado ao Ministério da Palavra.

Fraternalmente, em Cristo Jesus, Senhor NossoRio de Janeiro, 18 de Junho de 2009
JOSÉ WELLINGTON BEZERRA DA COSTA
Pastor Presidente

FONTE: Jornal "Mensageiro da Paz", Ano 79 - Nº1490 - Julho de 2009, Orgão Oficial das Assembléias de Deus no Brasil, através dos blogs do pastor Altair Germano, pastor José Wellington Bezerra da Costa e do pastor Geremias do Couto.