Amados e amadas, queridos leitores, uma boa madrugada à todos...
Hoje, quero dar continuidade ao assunto que iniciamos dia 06 de março: A COMPLEXIDADE DA VIDA. Claro que com essa postagem, não concluo o meu ponto de vista sobre o tópico, haja vista o assunto, realmente, ser de grande relevância para o nosso momento atual, seja na ciência, no segmento religioso ou na "terceira via" (daqueles que dizem não estar nem ai para essa questão, pelo menos em tese).
O que me motivou a continuar a postagem, além da responsabilidade de tratar o tema com o respeito que ele merece, foi um filme que acabei de rever e, embora eu (e 99% dos adolescentes e jovens dos países ocidentais) já o tenha visto por algumas vezes, confesso que agora foi "...como se fosse a primeira vez" - UM AMOR PARA RECORDAR (Europa Filmes, 2004).
Bom, na postagem do dia 06 de março, falamos por último sobre o livre-arbítrio, essa condição de escolher nosso próprio caminho, o que cursar, o que fazer, sair com quem, ser ou não ser uma pessoa ética, responsável etc... enfim, crer ou não em Deus, na morte, na vida, na existência, na vida após a morte, na morte após essa vida, no destino final do nosso espírito, se ele volta ou não para Deus, se a sepultura é realmente a última parada eterna do corpo (e do espírito também - claro, se ele existir).
Lendo assim, são muitas as possibilidades que se abrem, múltiplos conceitos. Mas vamos continuar nossa linha de pensamento.
Então esse ser supremo, vê sua criação divina (os anjos) se rebelar contra ele. O principal líder (Satanás) é expulso e arregimenta seguidores, tal é seu poder de convencimento. Mas como o ser supremo é onisciente e já sabia de antemão que isso ocorreria, já havia traçado um projeto para um novo adorador à sua glória, o homem, sua principal criação, a menina dos seus olhos.
Foram criadas as condições necessárias para ele ser feliz no Éden, mas essa criatura também resolve fazer uma escolha que o tira, brevemente, do própósito divino de sua vida, que é adorar ao supremo ser. Embora este já soubesse de antemão tudo que ocorreria, ele não interfere diretamente na vida do homem, pois não nos fez para simples marionetes. Ele nos deu consciência, caráter, personalidade, direitos e obrigações e, claro, o livre-arbítrio também. Mas cria a perspectiva de reconciliar esse ser com o seu criador, ainda na eternidade, quando planejava o hiato temporal etc.
Mas, e como fica a "Teoria do Big Bang", na qual os cientistas refutam totalmente a idéia de um cosmo criado organizadamente por um ser superior, nos tornando obra de um acaso, um acidente cósmico? Bom, com todo o respeito, o problema é deles, que usando das ferramentas possíveis, fatos (e factóides) desconexos, isolados e sem sustentação plausível laboratoriamente, deram vazão a um sentimento exacerbado de procura da origem do universo, onde tudo vale.
O que a ciência diz é que em 1916 Albert Einstein publicou a teoria da relatividade, onde dizia que o universo estaria se expandindo ou então se contraindo, contrariando a idéia de que o universo seria estático ou inerte, teoria aceita até então. A partir daí, diversas pesquisas foram feitas com a ajuda de telescópios, e os cientistas puderam deduzir que o universo realmente se expandia, porém de modo ordeiro. Para entendermos a idéia do Big-Bang devemos fazer o caminho contrário. Ou seja, se ao invés de o universo se expandir a todo momento, ele fosse contraído. Todo o universo convergiria, até voltarmos a um único ponto de origem, o ponto inicial de matéria.
Assim, há uns 15 a 20 bilhões de anos atrás o universo não existia, nem o espaço vazio, nem mesmo o tempo. Tudo o que havia era uma esfera extremamente pequena, do tamanho da ponta de uma agulha. E esse pontinho há cerca de 18 bilhões de anos teria se explodido formando o universo atual. Essa explosão aconteceu numa fração de segundos, inflando o universo numa velocidade muito superior à da luz. Essa explosão causou a expansão do universo, a qual é observada até os dias atuais, o que traz grandes reforços à essa teoria. Após o Big-Bang e a partir da matéria proveniente dele, foram se formando as constelações. Os planetas teriam se formado a partir de restos de nuvem cósmica que surgiram após a grande explosão.
Mas temos dois problemas sérios que tem tirado o sono da comunidade científica: primeiro, tudo isso que escrevi acima foi DEDUZIDO pela ciência. Sim, não há nenhum FATO COMPROBATÓRIO sobre o assunto. Eles simplesmente deduziram que foi assim e, num passe de mágica, mandaram tudo isso para os livros que formaram as mentes do século XX e estes, por sua vez, na ausência de uma explicação plausível, se agarraram com unhas e dentes à essa teoria que, a exemplo do darwinismo, NUNCA FOI COMPROVADA.
O segundo problema da ciência, no tópico acima, é que o argumento que o endossa possa ser um fenômeno regional. Ou seja, essa expansão esteja acontecendo apenas nos limites observáveis do universo, até o alcance do mais potente telescópio, o Hubble. Diante disso existe a possibilidade desse fenômeno não atender todo o universo, pois o número EXATO DE GALÁXIAS que a ciência celebra até hoje, pasme, também é DEDUÇÃO DAS MENTES BRILHANTES, que nunca foram em Marte (praticamente nosso quintal), e já SABEM DE TODOS OS SEGREDOS DO UNIVERSO . Nesse caso, o que até hoje foi observado seria somente um processo de dilatação regional de causa ainda desconhecida. É o que a própria ciência diz atualmente.
Retornando à nossa linha de pensamento, esse ser supremo, literalmente, "abre" um parêntese nessa linha da eternidade com Gênesis 1.1, e o fecha com Apocalipse 22. Tudo que ocorre hoje, na nossa "realidade", no nosso "plano de existência", acontece dentro desse hiato temporal (com início, meio e fim) que esse ser "abriu" na linha da eternidade. Nós, estudiosos, teólogos, cientistas religiosos etc. dividimos esse hiato em vários "pedacinhos" que denominamos de "dispensações", que seriam períodos distintos, caracterizados pela história bíblica, nos quais se identifica um "modus operandis" distinto de Deus em tratar com os povos desse período distinto.
Dentro desse entendimento, estamos na dispensação denominada de "Graça", que teve início, pelo menos literalmente, após a ressurreição de Cristo, embora possamos identificar, aqui e ali, ainda no Antigo Testamento, manifestações distintas dessa "graça divina" aos homens (como no caso do estabelecimento das 06 cidades de refúgio por Deus, para que os acusados de crimes sem a intenção de matar tivessem um salvo-conduto até um justo julgamento, enquanto permanecessem dentro de seus termos), exatamente como Jesus faz em João 8 quando trata do caso da mulher adúltera.
Assim, o conceito de "vida" se aplicaria há dois momentos especiais: o primeiro, quando o próprio Deus "sopra o fôlego de vida" no ser criado por suas próprias mãos e o homem passa a ser "alma vivente", dentro desse hiato existencial, pelo tempo em que seu corpo permanecer ativo. O segundo, inicia-se logo após a "morte" desse corpo, quando o espírito volta ao criador, uma maneira da Bíblia explicar que voltamos ao nosso primeiro plano de existência, ainda espiritual, que terá continuidade após o "fechamento" do último parêntese do hiato temporal que Deus abriu na linha da eternidade. Nesse interim, o espírito tem dois destinos, de conformidade com o procedimento de nossa vida (no corpo) no plano de existência terrenal: o PARAÍSO (para aqueles que procederem bem, confessando a Cristo com salvador pessoal e bastante de suas vidas) ou o LUGAR DE TORMENTOS, para aqueles que se ausentaram por livre escolha dos benefícios auferidos por Cristo na Cruz do Calvário.
Bem, vou parar um pouco por aqui e fazer um breve relato do filme que assisti há pouco. Basicamente, o filme retrata a história de Landon (SHANE WEST) e Jamie (MANDY MOORE). Landon, o garoto mais popular da escola, mas fruto de um ambiente social difícil de se administrar: pais separados, necessidade de se afirmar como astro da escola, a ausência de um objetivo claro, vida descompromissada com conceitos morais, etc, enfim, a típica situação de uma imensa parcela de nossa juventude hoje. Nesse ambiente, ele conhece a meiga Jamie, filha do pastor da pequena cidade, uma menina estudiosa, identificada com bons conceitos morais, um pai presente, que procura compensar a perda prematura da mãe da doce jovem. Enfim, um total antagonismo comparado com a vida de Landon. Pois contra todos os prognósticos possíveis, ele se apaixona por Jamie (e vice-versa), sem saber que ela esconde o fato de ter leucemia e quase em estado terminal. O desabrochar do amor compartilhado pela linda Jamie muda radilcamente a vida do jovem Landon, levando-o à uma dimensão nunca antes explorada. Ao saber da triste noticia e novamente contra todos os prognósticos, ele não a abandona e escolhe lutar por seu amor. Foram dias difíceis, mas ele negou-se a si mesmo pelo amor a Jamie, fato que fez com que o pai da jovem, antes um desafeto, passasse a admirar o comprometimento de Landon. Ao se dar conta de que a morte é inevitável para Jamie, ele passa a possibilitar a Jamie a condição de viver bem e feliz. Para coroar o amor, eles se casam e passam, em média 03 mêses juntos, antes da morte de Jamie. Esse fato muda radicalmente a vida de Landon, que passa a valorizar a vida como nunca e nos faz pensar no propósito que hoje, estaríamos dando à ela (vida), se tivéssemos o mesmo diagnóstico de Jamie? Iríamos nos reclusar em um quarto e aguardar o fim, a morte (ou o início de uma nova vida)? Ou iríamos vivê-la plenamente, com mais amor, com mais respeito pelos semelhantes, pelos amigos (e inimigos também, se existirem), enfim, por aqueles que nos cercam? É um questionamento relevante para essa madrugada. E você, o que pensa a respeito? Comente essa postagem e aguarde a 3ª parte, que será postada em breve...
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