Amigos leitores, boa noite... hoje vou iniciar uma série de comentários sobre situações comuns no cotidiano de homens e mulheres de Deus que fizeram a diferença na época em que viveram e que, para nós, são espelhos.
Vou começar com José, 11º filho do patriarca Jacó, tendo como mãe Raquel, a esposa preferida de Jacó. A Bíblia relata a história deste personagem no livro de Gênesis, capítulos 37 a 50. Folheando o texto bíblico, podemos identificar como as experiências na vida de José foram amargas, no início de sua adolescência. E quase que a maioria de vocês sabem, por experiência própria, às vezes, como é trabalhoso se manter fiel a Deus no contexto de um ambiente que nos oferece variadas opções de contravenção espiritual (pecar, mesmo). Mas mesmo assim, eu acredito que quando temos o compromisso sincero de nos manter fiéis a Deus, somos capazes de fazê-lo, como José do Egito o fez... lembrem-se que ele foi vendido pelos irmãos que o invejavam; depois, Deus o inseriu na vida de Potifar, Eunuco e capitão da guarda de Faraó.
Naquele ambiente de escravo, convivendo com pessoas com baixa estima, pessoas que já tinham perdido a esperança de dias melhores, José é elevado a administrador dos bens de seu patrão e abre-se uma porta de muitas possibilidades. E aqui está um dos tópicos que considero um divisor de águas na vida de José, pois entre essas "possibilidades", estava uma possível relação com a esposa de seu patrão, fato muito comum hoje em dia, em situações similares de nosso cotidiano, nos grandes centros... mas José, diante daquela circunstância escolheu permanecer fiel a seus princípios, mesmo com prejuízo seu, pois foi injustamente acusado e foi para a cadeia, pagar por algo que não tinha feito...
Na prisão, observem que Deus permaneceu fiel a José e rapidamente ele assumiu o posto de maior confiança para um prisioneiro: assumiu as chaves de todas as celas e passou a administrar a prisão. Naquele contexto, José conseguiu conquistar a confiança de todos e, se desejasse, facilmente teria saido da prisão pela porta da frente, afinal ele estava de posse das chaves... mas não, mais uma vez, José permaneceu fiel a seus princípios e, especialmente, a Deus... vem os dois sonhos, o do padeiro, que morreu enforcado e o do copeiro, que voltou a servir a taça no copo de Faraó. Vem uma promessa para José por este último e, por dois longos anos, ele é esquecido (pelo copeiro, não por Deus).
Qualquer um, nestas circunstâncias, teria desistido, chutado o "balde", chutado o "pau da barraca"... afinal ele estava ali injustamente: não havia cometido nada... e ai vem o verdadeiro propósito de Deus com José: após o sonho de Faraó, o copeiro lembra-se de sua promessa não cumprida e José, rapidamente, sai da prisão para ser Governador do Egito.
Qual foi, então, o ponto alto de toda a história de José?? Fidelidade a Deus!!
Lembremo-nos do pré-requisito divino com uma promessa inefável: "Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida" (Apocalipse 2.10c).
Nos laços do Calvário,
Prof. Damasceno
20:55h do dia 05/03/2009.
Um comentário:
"(...) A descrição que o salmista faz de José é de '... um homem vendido como escravo. Os seus pés foram presos em correntes, e no seu pescoço puseram uma coleira de ferro' (Sl 105.17-18). (...)
José não ficou com o coração nas circunstâncias, seus olhos não se fixaram nas correntes, ele não se “limitou” ao fato de não ter a opção de ir ou vir. Ele não procurou “ajudar” Deus a cumprir a visão profética em sua vida. Não tentou subir socialmente através de um relacionamento sexual com a mulher do seu senhor. Não organizou um motim ou uma rebelião para que pudesse fugir. Na cadeia não se tornou membro ou líder de alguma facção criminosa.
Ele esperou, confiou e provou da Palavra de Deus. Pois toda promessa passa pelo teste do tempo, para que o homem seja provado e aprovado pela Palavra de Deus." (Trecho do livro "Tire Deus do Armário")
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