Pessoal, a paz do Senhor a todos!
Tô reproduzindo abaixo um post que encontrei no http://www.pulpitocristao.com/, um blog "para quem não é marionete", da lavra de um blogueiro do qual sou admirador, Leonardo G. Silva.
Estou trazendo o assunto à tona exatamente porque o assunto é polêmico e também porque conhecemos situações que requerem, principalmente da liderança das igrejas, posicionamentos firmes, mas bíblicos, amorosos, misericordiosos...
Só para exemplificar, nós pregamos o evangelho para o pecador. Fazemos uma propaganda institucional bem feita, falamos do amor cristão, fraternal, do convívio da igreja, do primeiro amor, do perdão, da reconciliação... a pessoa crer na nossa propagando institucional e vem para a Igreja, crendo em Jesus como seu salvador, crendo na igreja como uma agência de salvação, justa e ética.
De repente a pessoa cai, fato não comum, mas natural, haja vista só cai quem está de pé. Ai a pessoa não presta mais, é disciplinada e tem que pagar um preço. É verdade... só que, conforme veremos na postagem a seguir, nem sempre a justiça impera numa grande parte de casos.
"Conforme está subentendido no título, a problemática abordada aqui não será o pecado em si, mas o modo como a igreja trata o pecador.
Nós protestantes, em teoria, repudiamos a idéia católica de pecado venial e mortal. Porém, o que é admitido na teoria é negado na prática através do exercício daquilo que convencionamos chamar de disciplina eclesiástica. Podem relutar o quanto quiserem, podem me chamar de perturbador da ordem, mas o fato é que eu não consigo ser hipócrita e nem fechar os olhos para essa verdade.
Mas a disciplina eclesiástica (um eufemismo para excomunhão) é bíblica, alguém certamente dirá. A estes, responderei que não estou interessado em debater a “biblicidade” da prática. Quero antes, apelar para o nosso senso comum e propor algumas questões. Ora, se ela é bíblica, e uma vez que o pecador precisa ser “disciplinado”, porque é que não disciplinamos todos os mentirosos, os invejosos, os soberbos, os avarentos e herejes em nossas igrejas? Porque é que suportamos pacientemente estes pecados, e condenamos a exclusão apenas os pecados sexuais? Acaso isso não é usar de dois pesos e duas medidas? Será que isso não significa ressucitar uma doutrina católica refutada e abandonada na época da reforma e enxertá-la no nosso meio? Somos evangélicos de alma católica, essa é a verdade.
Os fariseus de plantão que me apedrejem se quiserem, mas definitivamente não concordo com essa praxe absurda das igrejas evangélicas. É injusto que um casal de namorados, que confessa seu pecado com lágrima nos olhos diante do pastor, declarando-se arrependidos, sejam punidos com três meses de “disciplina”, durante a qual não podem exercer atividades na igreja, nem participar da Ceia do Senhor; enquanto os herejes televisivos, que dão veneno para as ovelhas comerem, homens rebeldes e soberbos que não têm o menor interesse em se arrepender, são tolerados nas igrejas locais e nas convenções. Que cristianismo é esse, que oprime o arrependido e faz vista grossa para o impenitente? Que igreja é essa que pune o quebrantado e tolera o rebelde incontrito? Definitivamente, algo está errado em nosso meio.
Pecados sexuais, numa escala de 0 a 10, recebem pontuação 11 nas igrejas! O caso é tão extremo que admite-se reintegrar ao ministério pastoral a um ex-ladrão, ex-caloteiro, ex-corrupto, enfim, ex-TUDO, menos um ex-adúltero, ou um ex-fornicário! Não estou defendendo direito de púlpito para A ou para B; só estou tentando te convencer de que há certos costumes que precisam ser mudados. Somos bons para exercer justiça (a nossa, obvio!), mas péssimos em misericórdia. Ah, mas o obreiro deve ser irrepreensível, você me dirá. Mas sejamos sinceros, ao menos dessa vez: Quem entre nós, membros, líderes, pastores, é irrepreensível no sentido absoluto da palavra? Ora, se apelarmos para a literalidade nesse versículo, então nem eu, nem você, nem Tomé e nem Pedro o eram! Não devemos entender essa irrepreensibilidade como uma obra acabada, e sim como uma busca constante e sincera. Do contrário, a Bíblia não fará nenhum sentido!
Como a igreja deve lidar com os pecados sexuais? A resposta é simples: Da mesma forma como Jesus os tratou. Como atuou o Mestre quando lhe trouxeram aquela mulher apanhada em adultério? Ele não deu nenhuma ordem de linchamento, antes nivelou a situação ao perguntar se havia alguém, entre aquela enfurecida turba, que jamais houvesse pecado. Ao fazê-lo, Jesus mostrou àquela multidão envaidecida e cheia de auto-justiça, que o pecado daquela mulher não era maior que os pecados deles. Logo depois disso, Jesus perdoou aquela mulher, brindando-lhe aceitação e amor, e em lugar da costumeira repreensão, deu-lhe um sábio e concludente conselho: vá e não peques mais.
Amado pastor: Devemos aprender com o pastor Jesus. Quando estivermos no gabinete pastoral aconselhando um caso de pecado sexual, e não soubermos como lidar com o tema, façamo-nos a seguinte pergunta: “o que faria Jesus no meu lugar?”. Será que ele disciplinaria o casal arrependido, condenando-os à pena de 3 a 6 meses de reclusão, ou será que ele, após confirmar o arrependimento de ambos, diria: “nem eu te condeno: vá e não peques mais”? Pecado sempre será pecado, e deve ser tratado como tal. Mas lembremo-nos de que, assim como há pecado, também existe perdão.Soli Deo Gloria!"
Leonardo G. Silva, Th. M.
Pois é, gente, ai está a postagem. Agora, vamos à algumas considerações que considero pertinentes em relação ao tema:
1 - A postagem acima não significa dizer que temos que começar a "passar a mão" em quem comete pecados. É exatamente o inverso. Pecados devem ser punidos, de conformidade com a extensão do prejuízo, conforme a Bíblia assevera. Agora, pense comigo: será que realmente, estamos cumprindo o que Jesus nos legou como herança cristã, através de seu próprio exemplo, ao tratar uma batelada imensa de tipos de "pecados"??
2 - Será que, em nossa prática cristã, sobretudo na hora de dar o veredicto, temos em mente as palavras do mestre: "porque com a medida com que medirdes os outros sereis julgados também", conforme tornou públicas no evangelho de Mateus?
Tô reproduzindo abaixo um post que encontrei no http://www.pulpitocristao.com/, um blog "para quem não é marionete", da lavra de um blogueiro do qual sou admirador, Leonardo G. Silva.
Estou trazendo o assunto à tona exatamente porque o assunto é polêmico e também porque conhecemos situações que requerem, principalmente da liderança das igrejas, posicionamentos firmes, mas bíblicos, amorosos, misericordiosos...
Só para exemplificar, nós pregamos o evangelho para o pecador. Fazemos uma propaganda institucional bem feita, falamos do amor cristão, fraternal, do convívio da igreja, do primeiro amor, do perdão, da reconciliação... a pessoa crer na nossa propagando institucional e vem para a Igreja, crendo em Jesus como seu salvador, crendo na igreja como uma agência de salvação, justa e ética.
De repente a pessoa cai, fato não comum, mas natural, haja vista só cai quem está de pé. Ai a pessoa não presta mais, é disciplinada e tem que pagar um preço. É verdade... só que, conforme veremos na postagem a seguir, nem sempre a justiça impera numa grande parte de casos.
"Conforme está subentendido no título, a problemática abordada aqui não será o pecado em si, mas o modo como a igreja trata o pecador.
Nós protestantes, em teoria, repudiamos a idéia católica de pecado venial e mortal. Porém, o que é admitido na teoria é negado na prática através do exercício daquilo que convencionamos chamar de disciplina eclesiástica. Podem relutar o quanto quiserem, podem me chamar de perturbador da ordem, mas o fato é que eu não consigo ser hipócrita e nem fechar os olhos para essa verdade.
Mas a disciplina eclesiástica (um eufemismo para excomunhão) é bíblica, alguém certamente dirá. A estes, responderei que não estou interessado em debater a “biblicidade” da prática. Quero antes, apelar para o nosso senso comum e propor algumas questões. Ora, se ela é bíblica, e uma vez que o pecador precisa ser “disciplinado”, porque é que não disciplinamos todos os mentirosos, os invejosos, os soberbos, os avarentos e herejes em nossas igrejas? Porque é que suportamos pacientemente estes pecados, e condenamos a exclusão apenas os pecados sexuais? Acaso isso não é usar de dois pesos e duas medidas? Será que isso não significa ressucitar uma doutrina católica refutada e abandonada na época da reforma e enxertá-la no nosso meio? Somos evangélicos de alma católica, essa é a verdade.
Os fariseus de plantão que me apedrejem se quiserem, mas definitivamente não concordo com essa praxe absurda das igrejas evangélicas. É injusto que um casal de namorados, que confessa seu pecado com lágrima nos olhos diante do pastor, declarando-se arrependidos, sejam punidos com três meses de “disciplina”, durante a qual não podem exercer atividades na igreja, nem participar da Ceia do Senhor; enquanto os herejes televisivos, que dão veneno para as ovelhas comerem, homens rebeldes e soberbos que não têm o menor interesse em se arrepender, são tolerados nas igrejas locais e nas convenções. Que cristianismo é esse, que oprime o arrependido e faz vista grossa para o impenitente? Que igreja é essa que pune o quebrantado e tolera o rebelde incontrito? Definitivamente, algo está errado em nosso meio.
Pecados sexuais, numa escala de 0 a 10, recebem pontuação 11 nas igrejas! O caso é tão extremo que admite-se reintegrar ao ministério pastoral a um ex-ladrão, ex-caloteiro, ex-corrupto, enfim, ex-TUDO, menos um ex-adúltero, ou um ex-fornicário! Não estou defendendo direito de púlpito para A ou para B; só estou tentando te convencer de que há certos costumes que precisam ser mudados. Somos bons para exercer justiça (a nossa, obvio!), mas péssimos em misericórdia. Ah, mas o obreiro deve ser irrepreensível, você me dirá. Mas sejamos sinceros, ao menos dessa vez: Quem entre nós, membros, líderes, pastores, é irrepreensível no sentido absoluto da palavra? Ora, se apelarmos para a literalidade nesse versículo, então nem eu, nem você, nem Tomé e nem Pedro o eram! Não devemos entender essa irrepreensibilidade como uma obra acabada, e sim como uma busca constante e sincera. Do contrário, a Bíblia não fará nenhum sentido!
Como a igreja deve lidar com os pecados sexuais? A resposta é simples: Da mesma forma como Jesus os tratou. Como atuou o Mestre quando lhe trouxeram aquela mulher apanhada em adultério? Ele não deu nenhuma ordem de linchamento, antes nivelou a situação ao perguntar se havia alguém, entre aquela enfurecida turba, que jamais houvesse pecado. Ao fazê-lo, Jesus mostrou àquela multidão envaidecida e cheia de auto-justiça, que o pecado daquela mulher não era maior que os pecados deles. Logo depois disso, Jesus perdoou aquela mulher, brindando-lhe aceitação e amor, e em lugar da costumeira repreensão, deu-lhe um sábio e concludente conselho: vá e não peques mais.
Amado pastor: Devemos aprender com o pastor Jesus. Quando estivermos no gabinete pastoral aconselhando um caso de pecado sexual, e não soubermos como lidar com o tema, façamo-nos a seguinte pergunta: “o que faria Jesus no meu lugar?”. Será que ele disciplinaria o casal arrependido, condenando-os à pena de 3 a 6 meses de reclusão, ou será que ele, após confirmar o arrependimento de ambos, diria: “nem eu te condeno: vá e não peques mais”? Pecado sempre será pecado, e deve ser tratado como tal. Mas lembremo-nos de que, assim como há pecado, também existe perdão.Soli Deo Gloria!"
Leonardo G. Silva, Th. M.
Pois é, gente, ai está a postagem. Agora, vamos à algumas considerações que considero pertinentes em relação ao tema:
1 - A postagem acima não significa dizer que temos que começar a "passar a mão" em quem comete pecados. É exatamente o inverso. Pecados devem ser punidos, de conformidade com a extensão do prejuízo, conforme a Bíblia assevera. Agora, pense comigo: será que realmente, estamos cumprindo o que Jesus nos legou como herança cristã, através de seu próprio exemplo, ao tratar uma batelada imensa de tipos de "pecados"??
2 - Será que, em nossa prática cristã, sobretudo na hora de dar o veredicto, temos em mente as palavras do mestre: "porque com a medida com que medirdes os outros sereis julgados também", conforme tornou públicas no evangelho de Mateus?
Nos laços do Calvário!!
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