sexta-feira, 19 de março de 2010

ENFIM, MINHA POSIÇÃO FINAL SOBRE A BÍBLIA DAKE

A paz do Senhor a todos!

Estimados leitores, amigos, etc.

Adquiri a Bíblia Dake na 70ª AGO da CEADEMA (Convenção Estadual das Assembleias de Deus no Maranhão), na cidade de Santa Luzia do Tide (MA), em dezembro de 2009. Eu já conhecia a versão em inglês, mas não pude obtê-la. 

Acredito eu que, desde que me converti ao evangelho, 17 de fevereiro de 1991, nunca tinha visto um produto similar ser tão bombardeado ou motivo de tantos comentários, como tem sido a Dake até aqui. Parece até que é possível aplicar aquele jargão jocoso: AME-A OU DEIXE-A.

Mas vamos aos fatos. Eu comprei a Dake quando já pipocavam na internet muitas críticas contra a publicação da mesma pela CPAD. Os argumentos contra a publicação, que respeito, eram, basicamente, que uma editora confessional (como a CPAD é classificada por muitos, embora se formos ler o atual script do merchan da Casa, possamos obter outro entendimento, e eu também respeito isso, embora não concorde) não poderia publicar uma obra recheada de erros doutrinários (aqueles conhecidíssmos 21 erros, que constaram em várias listas de blogs), que contrariavam, especificamente, nosso credo e o entendimento condensando da grande massa de evangélicos da Assembleia de Deus no Brasil.

Foi um Deus nos acuda. Li e reli vários comentários sobre a Dake, em busca de fundamentação para tanto "barulho" e, ao mesmo tempo, buscando isenção racional para não me deixar levar por ninguém.

De repente, uma bomba: uma funcionária do setor de preparação de textos e revisão de provas foi demitida pela CPAD e lançou uma nota, que alguns blogs replicaram... foi o estopim que faltava: novamente, uma batelada de críticas. Meu Deus, pensei, que confusão estão criando com uma publicação de uma Bíblia.

Mas li todas as críticas e me vi obrigado, diante de tudo que lera, a escrever algo sobre o assunto nesse blog com o tema: A Dake, a CPAD e a Apologética.

Agora, volto a comentar o assunto, por três bons motivos, no meu ponto de vista:
1 - Li, panoramicamente, nesses três meses de posse da aludida Bíblia, a maioria de suas notas, inclusive as que contém incongruências doutrinárias, e apenas confirmei o que suspeitava: no texto da Bíblia, não há erros; o conteúdo é idêntico às outras Bíblias corrigidas que tenho em mãos; as notas de rodapé estão recheadas de ótimas informações e, nas incongruências já conhecidas, ele (autor das notas) expressa o ponto de vista DELE, que respeito, mas não concordo, mas reconheço que sou capaz de separar essas "espinhas" (incongruências doutrinárias) da "carne" (os estudos, as informações valiosas que ali constam);

2 - Acredito que, com base na última resolução dos Conselhos de Doutrina e de Apologética, a Dake não deverá mais ser publicada pela CPAD (mas não sei dos desdobramentos dessa resolução internamente, na cúpula da Casa). Então, quem a adquiriu como foi publicada (soube também que, na reunião última com os Conselhos de Doutrina e de Apologética, a CPAD apresentou outra edição da Dake com as "incongruências" excluidas, não sei se no todo ou em parte), talvez não tenha mais a possibilidade de comprá-la naquele modelo e conteúdo do lançamento;

3 - Fizeram muito barulho quando, no meu ponto de vista, poderíamos resolver a questão internamente. Para tanto, houve erros de todos os envolvidos. 
a) da CPAD, que não conseguiu convencer os Conselhos de Doutrina e Apologética da importância da Bíblia para a nação evangélica e não pensou, previamente, em apresentá-la já com NOTAS de advertência nos pontos doutrinários contrários à ortodoxia e ao nosso entendimento, como o fez no passado com a Bíblia Anotada (aquela em brochura, como os comentários no caso da "volta" de Samuel dos mortos que ali consta como possivel e de fato) e pensou que apenas alguns depoimentos nos encartes de nossas revistas, livros e no jornal da Casa era necessário para dar o peso que a Obra merecia e, portanto, RESOLVEU desobedecer à resolução dos Conselhos (Doutrina/Apologética), fazendo uma grande campanha de lançamento da Bíblia, quando nós, consumidores, não sabíamos de nada do que estava acontecendo;
b) de alguns críticos de plantão, que se apressaram a jogar na mídia o que estava acontecendo, sem pensar nas consequências para as vidas das pessoas envolvidas diretamente na questão.

Concluindo essa postagem, quero apenas sintetizar o seguinte: pra mim, a Bíblia Dake tem sido de muita importância no estudo e no aprofundamento de muitos temas ligados ao meu cotidiano ministerial (sou Coordenador geral de EBD do campo de Lago da Pedra, MA; superintendente de EBD na Igreja SEDE de Lago da Pedra, MA; Diretor pedagógico de uma instituição que treina, prepara, envia e mantém missionários no Maranhão e em outros estados do Nordeste; sou professor universitário free-lance e, recentemente, universitário novamente, cursando mais uma licenciatura: pedagogia, pela Universidade Estadual do Maranhão. Reitero que, para mim, o erro da Casa foi não ter administrado internamente a questão das incongruências doutrinárias com os Conselhos de Doutrina/Apologética (Notas na Dake, orientando os leitores, poderiam ter resolvido isso -  poderiam). Mas reconheço também que aqueles que criticaram a Dake e sua publicação pela Casa, o fizeram gozando dos mesmos direitos que tenho de gostar de estudar a referida Bíblia. Respeito isso também!

Que Deus continue a nos guiar nesses tempos trabalhosos...

Ah, apenas para tornar o teor de meu pensamento mais claro, quero compartilhar um fragmento de Voltaire: "Posso não concordar com nenhuma palavra que você disser, mas vou defender até a morte o seu direito de dizê-las"

Nos laços do Calvário,
Prof. Damasceno

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