Pessoal, a paz do Senhor a todos!
Há anos atrás, vi uma frase que me fez refletir bastante: "A vida é uma incessante e sucessiva sucessão, de sucessos e insucessos, que se sucedem sucessivamente sem cessar". Não tenho certeza de quem é a frase, mas me disseram, na época, que ela fora dita pelo Pr. Napoleão Falcão, conhecido pregador de congressos pentecostais na década de 90. Se a frase é de sua autoria ou um "enlatado", não sei ao certo, mas ela, penso eu, pode exprimir melhor o acontecimento lastimável que vitimou o cartunista Glauco e seu filho Raoni, ocorrido em Osasco, no último dia 12 de março.
"A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser vivida, olhando-se para frente." (Soren Kierkergaard). Outra conhecidíssima frase, agora de um filósofo dinamaquês, que também reflete, nas entrelinhas, o que aconteceu. Mas vamos a uma rápida análise:
Por que ocorreu a tragédia?
Bem, a conclusão de vários especialistas é de que a principal causa para a tragédia foi o chá do daime que os seguidores da seita Santo Daime tomam durante a cerimônia oficial. Segundo reportagem na revista veja desta semana na internet (Posição de especialistas sobre a causa do assassinato de Glauco por Cadu),
essa é a conclusão mais plausível, depois que conseguiram prender o Cadu em Foz do Iguaçú, quando fugia para o Paraguai. Eles afirmaram: "Tomar o chá alucinógeno da seita Santo Daime quando se tem um transtorno psíquico, afirmam especialistas, é o mesmo que jogar gasolina sobre um incêndio. Tudo indica que foi o caso de Cadu, o assassino do cartunista Glauco e de seu filho Raoni". Resultado óbvio: o rapaz era dependente químico e precisava de ajuda profissional, além de suporte espiritual para ter um encontro com Jesus,o único que pode transformar a nossa vida de dependências e pecados numa vida digna. É o que subentende da leitura de 2 Co 5.15 e 17:
"E ele morreu por todos, para que os que vivem, não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou; ...aquele que está em Cristo nova criatura é, as coisas velhas já ficaram para trás; eis que tudo se fez novo".
Qual o perfi do autor do Crime?
Segundo a revista eletrônica Vejaonline, no link já citado acima, Cadu, como é conhecido o criminoso confesso, nasceu em uma família de classe média alta de São Paulo e estudou nas melhores escolas da capital paulista. Morava em bairro nobre, frequentava os bares da moda, ia a baladas de black music e, segundo a família, nunca havia demonstrado comportamento violento. Os avós, com quem ele morava, sabiam que o neto usava maconha ("Como fazem hoje em dia 90% dos jovens", disse Carlos Nunes Filho, o avô) e, embora lamentassem o fato de ele ter começado três faculdades sem terminar nenhuma (direito, artes visuais e gastronomia), não viam nisso mais do que uma indecisão em relação ao seu futuro profissional.
Quem eram as vítimas?
Glauco Vilas Boas, de 53 anos, era um dos mais conhecidos cartunistas do país e colunista de um grande jornal de São Paulo e mantinha um ideal de cuidar de drogados em busca de recuperação; o filho Raoni Ornellas Vilas Boas, de 25 anos, trabalhava ajudando comunidades incomuns isoladas. Nenhum dos dois tinha inimigos e ambos mantinham como ideário de vida a assistência ao próximo.
Então, o que deu errado nessa equação entre benfeitores e beneficiado?
Não entendo que seja prematuro dizer isso: mas, em algum crucial momento do processo de "cura" do Cadu, algo não era pra ter sido feito por Glauco e cia. O quê, exatamente?
São muitas as possibilidades e não quero julgar sumariamente quem não pode mais se defender. Mas vou propor algumas hipóteses:
1. Terapia incompatível com as necessidades do Cadu. Havia um histórico sobre a vida problemática do rapaz. Especilistas dizem que a terapia aplicada em Cadu não foi técnica, e sim emocional, pois relataram algumas testemunhas que o chá do daime fazia parte do tratamento;
2. Fontes rotas para a cura da alma do Cadu. Sim, é isso mesmo. Somente Jesus pode agir no coração do homem nesse momento e transformá-lo. Ninguém pode usurpar a posição de Cristo nessa transformação que ele opera na vida do necessitado.
3. Mistura de vida profissional com vida pessoal exacerbadamente. Sim, o rapaz tinha intimidade extensa com o cartunista e sua família, tinha frequentado a seita do Santo Daime e, por desvios de relacionamento dentro da Seita, afastou-se.
Analisemos bem o episódio... Ele pode ser jurisprudência para nossas próprias vidas.
Boa noite a todos!
Nos laços do Calvário,
Prof Damasceno
2 comentários:
Meu caro amigo, prof. Damasceno, quando leio o seu perfil e leio as suas matérias, pereebo mais dialética do que apologia. Agradeço-lhe por ter postado no meu blog o seu comentário, que, para mim, é de extrema importância. Cá para nós, professor, muitas igrejas estão, à semelhança do alucinógeno do Daime, mantendo seus membros em estado de torpor e em prisões alucinógenas.
Seu amigo,
Rev. Paulo Cesar Lima.
A paz do Senhor, nobre companheiro Rev Paulo César Lima...
Grato por seu comentário.
Como o amado bem o sabe, não há apologia onde não houver dialética, tendo em vista que a nossa missão, na apologia, é convencer através de ferramentas que a própria dialética nos propõe como práxis.
Deus continue abençoando seu profícuo ministério...
P.S.: Se Deus permitir que eu permaneça à frente da Coordenação Geral de EBD na minha cidade no ano que vem, estou programando a possibilidade, se Deus permitir, de trazê-lo aqui para um grande seminário na área do Ensino.
Nos laços do Calvário,
Prof Damasceno
www.profdamasceno.blogspot.com
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