A Paz do Senhor a todos!
Amigos leitores, esse artigo constitui-se em um grito de alerta contra o que, sorrateiramente, vem entrando em uma significativa parcela de lares evangélicos de nosso país: A LIBERTINAGEM SEXUAL. O modus operandis dos agentes maliciosos é sutil, charmoso, tem bastante glamour e possui excelentes índices de audiência, um veículo extraordinário de transporte e eu o denomino de "Enlatados".
Bem, os "Enlatados" em questão são a imensa profusão de seriados norte-americanos que invadem diariamente a programação aberta e fechada de nossas TVs, trazendo, à reboque, uma ideologia mascarada, uma idéia dominante nessa primeira década do Século XXI, conhecida em nosso meio como Relativismo, a idéia-mãe de que tudo é condescendente, relativizado, impondo que não podemos bater o martelo em nada na atualidade, que temos que analisar os prós e os contras, patati, patatá, etc, em resumo, uma tentativa de excluir, do seio da sociedade, os absolutos morais e espirituais que nortearam as gerações que nos antecederam.
Entre os enlatados, há um em especial (só conheço esse nessa linha), que concentra uma ideologia que tem penetrado com "sapato de veludo" os nossos lares, tendo em vista que já está na 4ª temporada, e é um dos seriados mais assistido pela imensidão de fãs que já conquistou no Brasil, pois é transmitido tanto pela TV aberta (SBT), quanto pela TV paga, HBO. Esse seriado denomina-se Big Love (Amor grande) e é um dos seriados de maior audiência, tendo inclusive ganhado o Globo de Ouro pela exibição de sua primeira temporada, algo equivalente ao Oscar das séries.
Big Love fez polêmica ao retratar uma família poligâmica contemporânea no interior dos Estados Unidos. A série mostra a vida de Bill Henrickson (Bill Paxton), que vive no subúrbio de Salt Lake City no estado de Utah, com três esposas, sete filhos e uma avalanche de responsabilidades. Dono de uma promissora cadeia de lojas de artigos para casa, Bill luta para manter o equilíbrio entre as necessidades financeiras e emocionais de suas esposas e ainda manter em segredo seu estilo de vida, uma vez que a poligamia foi proibida pela Igreja Mórmon (da qual seu personagem é membro) há mais de um século. Barb, Nicki e Margene (as três esposas) vivem em casas contíguas e compartilham a vida familiar ao mesmo tempo que, convenientemente, tratam de atender suas necessidades individuais. Em tempos de harmonia, eles mais parecem quatro pessoas casadas umas com as outras do que três mulheres e um marido.
Pois é. Pode ser que alguém faça a seguinte pergunta: "Como é que o Prof. Damasceno ainda tem preconceitos em relação a esses assuntos, em pleno século XXI? Como ele ainda pode ser "careta" em relação a algo tão comum e banal atualmente?".
Simples, pessoal. Nós, que professamos a fé cristã, não somos diferentes porque somos cristãos ortodoxos, que tem a Bíblia como real fonte de fé e prática cristã. É o contrário: Nós estamos no lugar que Deus sempre quis para os homens, para a humanidade. Foi a humanidade que mudou, que degenerou-se ao longo de sua caminhada aqui na Terra. Nós não estamos na "contra-mão" da história, da sociedade, dos padrões, etc... Nós estamos na trajetória correta, de quem almeja uma vida pós-terra feliz, ao lado de Cristo Jesus, que verdadeiramente morreu em nosso lugar para nos outorgar o maior bem de todos: a vida espiritual, que não se limita a esse plano de existência, conforme apregoa Paulo em 1 Coríntios, 15.19 (ARC):
"Se esperarmos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens".
E, confrontando as idéias, o "modelo familiar" externado pelo seriado é frontalmente contra o modelo familiar instituido por Deus no início, ainda no AT (Antigo Testamento), e pelo próprio Cristo, quando referendava os estatutos familiares, no NT (Novo Testamento), conforme está escrito:
"Portanto, deixará o varão (palavra antiguíssima, já em desuso, que significa homem) o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos (dois; um casal) uma carne" (Gn 2.24 - ARC).
(...) "e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne" (Mt 19.5 - ARC).
Só que existem mais coisas interessantes, nos bastidores. O programa (Big Love) foi co-criado por Mark V. Olsen e Will Scheffer (que são um casal gay), que também são os produtores executivos. Eles passaram dois anos e meio pesquisando o tema do programa, e a "intenção" deles foi de criar um "retrato justo" da poligamia nos Estados Unidos da América sem demonstrarem algum tipo de preconceito.
Com todo o respeito pelos co-criadores e co-produtores, eles estão totalmente equivocados. Viajaram na "maionese". Sim, porque o programa (feito para refletir o que ocorre internamente nos U.S.A.) foi exportado para a Europa, Ásia, Oceania e chegou por aqui, Brasil e toda a América do Sul, nos expondo ao "modelo ou retrato justo" dos criadores para os Estados Unidos da América (norte americanos). E esse modelo não retrata o que ocorre nestes outros continentes e seus países, pois os Mórmons (que eram ou são poligâmicos) surgiram lá, Estados Unidos, no século XIX, não aqui no Brasil.
Por isso, a influência é anti-social ao nossos padrões familiares e macula algo sagrado, na Palavra de Deus:
"Venerado seja entre todos os matrimônio (monogâmico, que é o modelo bíblico, embora tenha havido distorções ao longo da história bíblica) e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará" (Hb 13.4 ARC).
Concluindo, lembro a todos que o personagem principal da série em questão, no contexto da série, desobedece a orientação de sua liderança eclesiástica e mantém seu "casamento" escondido, embora em outros momentos vejamos a própria "liderança eclesiástica" dele com as mesma práticas.
Portanto, vigiemos. Não deixe que as influências externas desses modos de vida alheios ao que a Palavra de Deus ensina nos incitem à macularmos tão importante instituição divina, o Casamento.
Nos laços do Calvário,
Prof Damasceno