segunda-feira, 5 de julho de 2010

PARA LULA, ANTES UM CINEMA QUE UMA IGREJA QUALQUER

A paz do Senhor a todos!

Vocês leram essa? Pois é...

A meta é ousada: em um prazo de até quatro anos, 600 novas salas de cinema em áreas com grande concentração de consumidores da chamada classe C. O programa Cinema Perto de Você, lançado dia 29/06/2010, em Luziânia (GO), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reúne R$ 500 milhões para crédito e investimentos que ajudem na construção de salas para exibição de filmes. O objetivo é aumentar o número de consumidores dessa fatia do mercado do entretenimento, além de garantir o acesso à cultura em lugares mais distantes dos grandes centros. 

A iniciativa do governo federal também oferece a isenção de impostos para a compra de novos equipamentos. Dessa maneira, os proprietários de cinemas mais antigos poderão acompanhar a evolução tecnológica. As salas de cinema construídas nas regiões contempladas pelo programa do Ministério da Cultura estarão livres do pagamento do PIS/CONFINS durante um período de cinco anos. De acordo com números da Agência Nacional do Cinema (Ancine), serão R$ 168 milhões de renúncia fiscal — R$ 140 milhões de tributos federais e outros R$ 28 milhões de alteração da base de cálculo do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços). 

O presidente Lula disse que o lançamento do programa foi feito em Luziânia porque a cidade representa bem o perfil das localidades que terão prioridade no Cinema Perto de Você. Com cerca de 200 mil habitantes, o município goiano tem apenas uma sala de cinema. “Em algumas ocasiões, para que um projeto tenha sucesso, não é suficiente que haja apenas dinheiro. É fundamental que haja uma simbologia em torno do acontecimento, e é por isso que escolhemos Luziânia”, afirmou Lula. 

Ainda segundo o presidente, o programa só terá êxito com o apoio dos governos estaduais e municipais. No evento, que contou com presença de nomes importantes do cinema nacional, como Luiz Carlos Barreto e Vladimir Carvalho, Lula chegou a fazer um apelo para que o prefeito de Luziânia, Célio Silveira, e o governador de Goiás, Alcides Rodrigues, também concedessem isenção de impostos aos empresários que quisessem investir em salas de cinema na região. “Nem mesmo os empresários mais socialistas entram em um projeto como esses se não houver uma indicação de que ele terá retorno. Por isso, temos que deixar os investidores com a certeza de que é melhor manter uma sala de cinema em funcionamento do que vender para uma igreja qualquer”, destacou o presidente.

Sem querer me aprofundar no mérito da nomenclatura usada por ele como "igreja", claramente com tom pejorativo, sei das dificuldades que temos diante de alguns segmentos (igrejas) que não estão honrando a fé. Mas o fato que me choca é que é esse, exatamente esse o sentimento que norteia a "política social" do partido de nosso presidente, e não me surpreende o fato de que, no mérito, o que ele quis dizer é que qualquer igreja se enquadra nesse pacote. 

É só olharmos os fatos. O PT é a favor (e árduo defensor, inclusive em spots de propaganda governamental) do aborto, casamento homossexual, PL 122, e outros desvios de conduta moral e ética, valores que a sociedade cimentou como absolutos ao longo de nossa existência. 

Sei da importância da saúde pública, educação, ciência e tecnologia num governo. Mas com a capa ideológica que o atual se veste/se protege, sei que tudo que é oferecido foi milimetricamente pensado e claramente está afinado com vários interesses, e pelo que vejo, não são para proteger a família, nossos filhos e a manutenção dos valores que nos deram a atual configuração que temos como humanidade. E o pior: esses desvios, como estão sendo geridos por quem está no poder, são revestidos da "proteção" de LEIS e DECRETOS, inclusive agora com a tentativa de alterações na Constituição, para incluir os itens que mencionei acima. 

Assim, será mais fácil calar a boca de quem se levantar contra. 

Chegou o momento de obedecermos a Pedro (1 Pe 1.13): "Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo".

Mas não pensemos que esse verso nos chama ao ostracismo, à fuga de nossos direitos e obrigações como entes sociais. Não é isso. Ele está nos trazendo esse fato e usa uma figura de linguagem (cingindo o vosso entendimento), que remete ao antigo costume no Oriente Próximo de puxar para cima vestes longas e enfiá-las debaixo de cintos, quando se corria ou participava de atividades que exigiam força. Esse procedimento sobrecarregava as pernas. Os quadris (a parte inferior dos músculos trazeiros) eram considerados o centro de força física e poder. Pedro desafiou os crentes a maximizarem todas as suas faculdades intelectuais e morais, disciplinando sua mente, "amarrando todos os pensamentos soltos", que poderiam distraí-los do evangelho e prejudicar a obediência (2 Pe 3.1). Pedro usou a mesma palavra para encorajar a vigilância espiritual em oração e a resistência aos ataques de Satanás (1 Pe 4.7; 5.8).

Resumindo, vigilância. Total!

Nos laços do Calvário,
Prof Damasceno

2 comentários:

Izaldil Tavares de Castro disse...

Caro irmão, Professor Damasceno,
Infelizmente, em nossa terra, poucas pessoas conhecem o valor das palavras (também desconhecem o valor da Palavra!). Ora, É muito bom o esclarecimento de que "uma igreja qualquer" pode ser uma forma pejorativa de o presidente se referir a "qualquer igreja", ainda que ele tenha sido instruído sobre isso momentos antes da fala. Tudo pode acontecer!
Mas, veja, à porta de uma "igreja qualquer" (que seja) dificilmente haverá um traficante negociando sua mercadoria; já à porta de um cinema...
Oremos, irmão, oremos, e Deus poderá estender a mão para proteger a Sua Igreja amada.
Na Paz do Senhor,
Prof. Tavares.

Pr Damasceno disse...

Caro Izadil, a Paz do Senhor!

Grato por sua participação na postagem. Realmente, a configuração de "Igreja", por mais desprovida com o Reino de Deus que seja (e aqui não quero citar nomes, pois poderia ser qualquer uma), não permite que, abertamente, um ponto de drogas se instale. Já nos cinemas, é uma das características desse "centro" de proliferação "cultural": ser fachada para a venda e comercialização de drogas e outras coisas ruins.
Deus o abençoe poderosamente.
Nos laços do Calvário,
Prof Damasceno